Antonio Raul Fraga, primeiro presidente do Porto Alegre Futebol Clube, fundado pelo próprio, em 2006, acusa o empresário Roberto de Assis Moreira, o ex-jogador Assis, irmão de Ronaldinho Gaúcho, de ter contratado um matador para assassiná-lo em 2010.
E diz ter provas, que serão apresentadas no próximo dia 18 de setembro, em audiência judicial já marcada, por ordem do Juiz Sandro Luz Portal.
A intenção seria a de ficar com o clube e seu patrimônio, sem quitar o pagamento do negócio combinado.
Fraga diz que em 25/09/2010 foi alvejado com um tiro na cabeça, permanecendo 15 dias em coma, 40 dias no hospital, tendo ainda sido obrigado a cumprir um ano de recuperação em sua residência.
O episódio, à época, recebeu pouca atenção da imprensa, que o tratou como reação a tentativa de assalto.
O ex-cartola alega que, recentemente, sua memória, avariada pelo ocorrido, foi retornando, e descobriu, entre outras coisas, que o atirador, Tiago Oliveira Bento, está preso no presídio de Charqueadas.
Na época da tentativa de homicídio, o suposto matador de aluguel encontrava-se em liberdade condicional.
“Quem mandou me matar foi o Sr. Roberto de Assis Moreira, irmão de Ronaldinho Gaúcho. Quem tratava dos negócios era seu advogado, Sergio Felício Queiroz”, afirma. “O Assis tem 15 seguranças da Brigada Militar…”, complementou.
Antonio diz que possuía um contrato de locação com Assis, o Porto Alegre Futebol Clube, que seria encerrado em 13/06/2011.
“O clube ficou inativo até agora, pois pensavam que eu iria morrer, ficaram sem me pagar”, acusou
Fato é que em 24/09/2010, um dia antes do atentado ao Sr. Antonio Raul Fraga, o Porto Alegre Futebol Clube foi transferido para o nome de Roberto de Assis Moreira.
Três dias após venceria o prazo para quitar o contrato de locação, que era pago anualmente, referente ao período 2009/2010.
O ex-presidente da equipe gaúcha alega ainda que, se de fato tivesse morrido no atentado, Assis, sem colocar a mão no bolso, herdaria todo o patrimônio do clube, que possui 25 hectares de terreno, estádio, 8 campos de treinamento oficiais, parque de diversão, etc.
Assim que se lembrou dos fatos relatados nessa matéria, o Sr. Fraga dirigiu-se ao Ministério Público, ocasião em que contou ao promotor Voltaire de Freitas Michel toda a história.
Um processo foi aberto e a primeira audiência, marcada para 26/06/2013, adiada, posteriormente, para o próximo dia 18 de setembro.
Em se comprovando as acusações, gravíssimas, será adicionado um capítulo ainda mais triste aos já conhecidos desvios de conduta de Assis, porém, dessa vez, muito mais grave do que simplesmente passar a perna em dirigentes e atletas no mundo do futebol.
CONTRATO DE ARRENDAMENTO DE ASSIS COM O PORTO ALEGRE F.C.
BOLETIM DE OCORRÊNCIA DA TENTATIVA DE HOMICÍDIO, COM NOME DA VÍTIMA E DO ATIRADOR