ronaldo band

Recentemente, o comentarista Flavio Gomes, quando na ESPN Brasil, ofendeu torcedores do Grêmio nas redes sociais utilizando-se de palavras com baixo calão.

Foi demitido.

Atitude justa da emissora, levando em consideração que tudo o que um jornalista diz publicamente faz parte de seu trabalho, o de comunicar, além de ter demonstrado respeito pelo telespectador.

Na última semana, Ronaldo Giovanelli, ex-goleiro do Corinthians, e agora jornalista registrado com MTB, cometeu o mesmo erro, ofendendo torcedores do São Paulo.

A BAND não o dispensou.

Nem poderia.

Vamos contextualizar as ações.

Enquanto a ESPN Brasil é uma empresa séria, a BAND porta-se, no jornalismo esportivo, como se fosse um “circo dos horrores”, permitindo que seus apresentadores, a acada dia, trabalhem com informações desprovidas de verdade, matérias pagas, comentários viciados e absoluta falta de compostura, em claro desrespeito ao telespectador.

Giovanelli é uma pessoa do bem, e, diferentemente de Gomes, aprendeu a ser jornalista num ambiente nocivo à profissão, razão pela qual erra acreditando estar fazendo a coisa certa, ou seja, utilizando o microfone para se portar como torcedor, ou ex-jogador.

É realmente uma pena que, por questões de sobrevivência, seja obrigado a conviver com o que há de pior na profissão.

Jornalista pode ser divertido, mas tem a obrigação de manter a seriedade, até quando faz brincadeiras.

Ronaldo, pela falta de referência, diferentemente do caso envolvendo Flavio Gomes, merece, ainda, que o torcedor lhe de nova oportunidade.

Mas é necessário entender que copiar vagabundos da imprensa, mesmo que sejam eles seus amigos, se hoje lhe garante o emprego, amanhã pode fechar diversas oportunidades de trabalho.

Assumir o erro e pedir desculpas ao torcedor Tricolor, além de ser uma atitude correta, demonstraria o verdadeiro caráter de Ronaldo, conhecido daqueles que com ele convivem, bem diferente do personagem criado para agradar seus companheiros de bancada.

Ser divertido, mas não vulgar, torcer, sem distorcer ou ofender, dizer a verdade, mesmo que ela prejudique, de alguma maneira, seu clube de coração, são ossos do ofício escolhido pelo ex-jogador, e que devem pautar, daqui por diante, tomara, sua mudança de comportamento na profissão.

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