Logo no início da gestão Mario Gobbi no Corinthians, criou-se uma comissão para tratar sobre possíveis alterações no Estatuto alvinegro.
De cara, gente ligada ao ex-presidente Andres Sanches manobrou no intuito de modificar o item que impediria as reeleições de presidentes.
Com a “guerra fria” instaurada entre seguidores da atual gestão e pessoas ligadas ao ex-presidente, a necessidade de viabilizar a candidatura de Andres era essencial para os recém-excluídos.
Por ação da oposição do clube, as referidas manobras foram inviabilizadas.
Porém há outro artigo, não menos importante, que trata sobre a metodologia a ser utilizada nas próximas eleições ao Conselho Deliberativo.
O grupo que atualmente ocupa o poder, recheado de “corinthianos obsessivos” e Gaviões da Fiel, quer a manutenção do atual sistema, o “Chapão”, que limita a presença de oposicionista no Conselho, e oficializa o “amém” a qualquer desmando de quem ocupar a presidência.
Na prática, o presidente eleito leva consigo 200 conselheiros de seu próprio grupo, que, num universo de pouco mais de 300, garante poder absoluto, e absolutista.
Contrariados com essa situação, a Comissão de Alteração estatutária encaminhou ao Presidente do Conselho Deliberativo a proposta de alteração deste item, absolutamente pertinente.
Porém, o órgão, que é presidido por um desembargador, Ademir de Carvalho Benedito, ligado à atual gestão do clube, tem feito o possível para dificultar as coisas.
O Conselho deveria ter encaminhado, por correspondência, a todos seus membros, o referido documento, até para que ninguém pudesse alegar, posteriormente, desconhecimento sobre o assunto.
Porém, na primeira correspondência enviada, o presidente do Conselho, por intermédio de seu secretário, convenientemente, “esqueceu” de enviar os anexos principais, ou seja, o “destaque nº 1” e a “proposta de novo estatuto”.
Ao ser cobrado pelo “esquecimento”, após alguns dias, o desembargador autorizou novo envio de material aos conselheiros (carta publicada abaixo).
Mais uma vez, sem o anexo da “nova proposta de estatuto”.
Levando-se em consideração que um desembargador e seus auxiliares, de bobos nada possuem, é razoável acreditar que estejam trabalhando pelos desejos de um grupo específico no Parque São Jorge, embora tenham sido eleitos para cuidar de toda uma comunidade.