adriano marabá

Numa demonstração absoluta da incapacidade dos atuais gestores das categorias de base do Corinthians, além de desconhecimento total da história recente da categoria, o diretor Fernando Alba contratou para trabalhar no Departamento um funcionário denominado Adriano “Marabá”.

Trata-se do mais famoso criador de “gatos” do futebol brasileiro, que já foi até objeto de reportagem da revista Placar, assinada à época por André Rizek.

No Corinthians, “Marabá” assinou contrato de três anos, com a função de “captar” talentos de outros clubes e cidades.

Exatamente como fez, em 2006, no próprio Corinthians, quando Marabá agenciou nove (!) gatos ao clube de Parque São Jorge, todos com documentos adulterados, oriundo da cidade de São João do Araguaia (PA)

À época, a Federação Paulista de Futebol averiguou a denúncia, constatou a irregularidade, não puniu o Corinthians e o caso foi abafado, porém, “Marabá” sumiu no mundo, acertando-se, posteriormente, com a DIS, até ser reconduzido novamente, em março, ao Parque São Jorge.

E, como já era esperado, não tardou para agir novamente.

No último dia 13 de outubro, o Corinthians enfrentou a Portuguesa, no CT da Lusa, pelo Campeonato Paulista Sub-17, partida esta vencida pelo alvinegro por três a um.

Dois gols assinalados pelo “garoto” DARLAN, de apenas 15 anos.

Nascido “oficialmente” em São João do Araguaia (PA), terra em que “Marabá’ possui grandiosa criação de “felinos”, com uma ampla rede de falsificação de certidões.

Desconfiados, alguns pais de jogadores e dirigentes da Lusa abriram Boletim de Ocorrência pedindo averiguação da origem dos documentos de Darlan, que não foram encontrados originalmente nos locais indicados como de seu nascimento.

O garoto, além de Marabá e dirigentes do Corinthians, entre eles o mandatário do Departamento, Fernando Alba, em breve, serão convocados a prestar esclarecimentos.

A grande dúvida é identificar, no clube, quem já sabia dos hábitos de “Marabá” e foi conivente, e quem desconhecia e assinou atestado de incompetência.

Dois diretores da base do Corinthians, certamente conheciam a história do fabricante de gatos.

Tratam-se do Gerente Geral, Afonso Armonia e o diretor Domingos Neto, vulgo “Bob Cuspe“, ex- integrante do “Fora Dualib”, ligado às “organizadas” do Timão.

Na ocasião da chegada de “Marabá” ao Corinthians, a reportagem da ESPN chegou a questiona-los sobre o assunto, e as respostas foram as seguintes:

“O critério que a gente teve para trazê-lo foi simplesmente o seu histórico. Os atletas que ele indicou para a gente até hoje foram todos atletas bons”, disse Bob Cuspe.

“Quando eu cheguei aqui, em 2008, o pessoal brincava que ele trazia muito ‘gato’. Foi o assunto da nossa primeira conversa”, complementou, sem o menor constrangimento, Afonso Armonia.

http://espn.estadao.com.br/noticia/250453_olheiro-temido-e-polemico-maraba-volta-ao-corinthians-seis-anos-depois-de-levar-gatos-ao-clube

Ou seja, o presidente do Corinthians, Mario Gobbi, até por ser Delegado de Polícia, tem a obrigação de tomar providências com os dois dirigentes, que, ao demonstrarem conhecimento do passado obscuro de “Marabá”, colocaram o clube em grande risco.

Certo é que o Corinthians novamente voltará às páginas policiais, e pode ainda ser punido com gravidade se a FPF agir com o rigor exigido para um caso de tamanha gravidade.

Até porque a Lusa, grande prejudicada no assunto, não deixará barato.

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