Caro jornalista Alberto Dines, Editor responsável pelo conceituado Observatório da Imprensa, de quem sou leitor muito antes de pensar em me tornar jornalista.

Sei o quanto preza pela ética e moralidade de nossa profissão.

Atravessamos, no momento, tempos difíceis, onde profissionais de visibilidade na imprensa aderiram a pratica do merchandising disfarçado de jornalismo, sujeitando-se a situações constrangedoras em troca de um punhado de moedas.

Pior ainda são aqueles que prostituiram ainda mais a pouca moral que já possuíam, vendendo suas opiniões e realizando serviços para aqueles que, em nossa árdua tarefa, temos a obrigação de combater.

Neste caso enquadra-se o jornalista Carlos Brickmann, que é indigno de escrever em tão conceituada publicação.

Um jornalista que se presta ao deprimente papel de ser testemunha de defesa de Kia Joorabchian, testa de ferro da Máfia Russa, segundo relatório do GAECO, em um processo movido contra um colega de profissão, que ousou mostrar a verdade sobre suas negociatas, não possui ética, nem moral suficiente para fazer parte de um grupo seleto de pessoas dedicadas a melhorar o nível dos formadores de opinião que atuam na imprensa brasileira.

Sem contar que, em um passado não tão distante, Carlos Brickmann prestou assessoria a dois dos mais nocivos políticos de nossa história, Paulo Maluf e Celso Pitta. Fala-se nos bastidores políticos que teria partido de sua mente a expressão “Estupra, mas não mata”, repetida desastrosamente por Maluf.

Escrevo estas linhas para que reflitam sobre manter figura tão desprovida de princípios básicos de civilidade entre os seus colaboradores.

Tenho certeza que não aprovam este tipo de conduta.

Paulinho

http://blogdopaulinho.com.br/

* Esta carta foi enviada ao Observatório da Imprensa

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