Estive ontem no Fórum Criminal da Barra Funda para responder ao processo movido por Kia Joorabchian.

Como era de se esperar, ele não compareceu.

Enviou um documento da Inglaterra equivalente a um atestado de pobreza, levando-se em consideração sua majestosa situação financeira.

Nele o iraniano alega não poder comparecer ao Fórum porque o preço das passagens e estadias são muito caras, e que ele não pode arcar com o custo.

Uma desculpa patética para a falta de coragem habitual dos beijadores de mão dos Poderosos Chefões.

O promotor do caso foi o Dr. Paulo Castilho, o mesmo que trabalha junto às torcidas organizadas.

De cara ele falou para as advogadas do mafioso que a audiência estaria prejudicada pela ausência de Kia.

O advogado de Kia Joorabchian é o Dr. Roberto Podval, o mesmo que defende o Casal Nardoni e o “médico” Farah Jorge Farah.

As testemunhas de defesa do mafioso envergonham a profissão de jornalista.

Carlos Brickmann e Marli Gonçalves.

Durante a audiência reiterei tudo o que já escrevi sobre Kia Joorabchian.

Disse para a advogada de Kia que me sensibilizava com sua falta de recursos para vir ao Brasil e me ofereci para fazer uma “vaquinha” e pagar sua passagem.

Aparentando não ter gostado da sugestão ela disse que o iraniano teria mais dois processos contra mim, além deste.

Respondi que me orgulhava em ser processado por ele, mas que sentia falta de um processo de Berezovski, para que minha coleção de atestados de bons antecedentes ficasse completa.

Falei para o juiz que as testemunhas de Kia possuem o mesmo nível que ele.

Outro fato “curioso” é que o iraniano utilizou-se de dois nomes em documentos diferentes.

Kiavash Joorabchian e Kia Joorabchian.

Obviamente alertei o fato ao juíz.

Sua advogada rebateu dizendo que Kia é o apelido de Kiavash.

Disse que ela está enganada, pois no relatório do GAECO consta que o mafioso possui três identidades, duas delas com os nomes citados.

Lembrei aos presentes que só nesta audiência ele já estava utilizando-se de dois.

As advogadas disseram que o réu (eu) possuía nove processos de crimes contra a honra.

Respondi que ela errou, são um pouco mais, e que todos foram abertos por gente do mesmo nível do cliente dela.

Falei também que entendia perfeitamente a dificuldade que ela encontrava para defender um testa de ferro da Máfia, mas que, sem dúvida, seria mais fácil do que no caso dos Nardoni.

Uma delas me respondeu que não é sacrifício algum defendê-los.

Imaginei que não, respondi.

Meu advogado disse que na verdade Kia Joorabchian não veio ao Brasil com medo de ter que pagar R$ 60 milhões que deve ao Corinthians.

Contrariando o próprio cliente, que diz nada ter a ver com a MSI, a doutora respondeu que o Corinthians é que deve dinheiro ao Kia.

Não é o que diz o balanço do Corinthians, publicado recentemente.

Após estas trocas de gentilezas respondi ao juiz que não aceitaria, em hipótese alguma, negociar com este tipo de gente.

Sem que as partes chegassem a um acordo foi marcada uma nova audiência.

Mas desta vez se Kia Joorabchian se acovardar novamente e não comparecer, o processo será encerrado.

Seu “atestado de pobreza” não sensibilizou os presentes no local.

Alguém tem dúvida do que vai acontecer ?

processokia2

Facebook Comments
Advertisements