Dr. Sergio Alvarenga, vice-presidente jurídico do Corinthians, foi desrespeitado pelo censor que cuida do site oficial do Corinthians.

Escreveu uma nota oficial em que citava elogiosamente o candidato Paulo Garcia por ele ter descoberto irregularidades na lista de sócios.

Minutos depois a mesma nota é republicada com trechos “cirurgicamente” alterados.

Não quero acreditar que um advogado egresso do Largo São Francisco permitiria que suas idéias fossem esquartejados por órgão repressores.

Não é esse o espírito dos formandos do local que sempre foram conhecidos pelas árduas lutas contra a ditadura.

Embora, por deslize, um colega do Dr. Alvarenga já tenha entrado na justiça algumas vezes na tentativa de retirar esse espaço do ar.

Dr. Alvarenga confira abaixo o que fizeram com seu texto.

Tenho certeza que tomará providências.

NOTA ORIGINAL ESCRITA POR SERGIO ALVARENGA

O caminho para alcançar a democracia é sempre tortuoso, difícil, longo.

O Corinthians ainda dá seus primeiros passos nesta estrada. Depois de anos vivendo sob um regime autoritário, as novas regras causam espanto, alguns incômodos e dificuldades de compreensão.

Definitivamente, não é do dia para noite que uma mudança tão radical será absorvida e aceita por todos.

A reportagem publicada na Folha de hoje (no anexo), cruelmente intitulada de “´Resgate de sócio põe sob suspeita pleito corintiano”, é um exemplo do desconforto que a mudança de regras antigas e arraigadas provocam.

Vamos aos fatos.

O Corinthians aprovou um novo estatuto que, entre outras coisas:

a) assegura o voto direto do associado (artigo 45, I);

b) garante que terão direito a voto apenas aqueles associados que estejam quites com as contribuições associativas até dois meses do pleito (artigo 44, §1º);

c) proíbe a concessão de anistia a associados no período de 12 meses anteriores à eleição (artigo 44, §3º).

Todas estas medidas são novas e têm por escopo, além de democratizar a escolha dos dirigentes, dificultar o indevido uso da máquina na busca por votos.

Quem participou de outras eleições, lembra-se das anistias concedidas à mão, no ato da eleição, a depender, apenas, da camiseta vestida pelo, até então, devedor…

Há mais. Muito mais.

Foi criada uma Comissão Eleitoral, absolutamente independentemente, integrada por pessoas que não têm vínculos declarados com qualquer um dos candidatos. A “Comissão Eleitoral” assumiu integralmente o comando o processo eleitoral. Destaque-se que ela é presidida por um Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo e secretariada por outro.

A Comissão Eleitoral deliberou a entrega da lista dos associados aptos a votarem em 14 de fevereiro de 2009 aos pré-candidatos. A entrega foi feita no dia 17 de dezembro de 2008. Afinal, a lista foi congelada em 15 de dezembro de 2008, dois meses antes da eleição.

O objetivo desta entrega antecipada era o de, justamente, que todos os candidatos fiscalizassem a lista. A idéia era a fiscalização mútua e recíproca.

Afinal, o cadastro do clube é antigo e, reconheça-se, cheio de falhas. Esta é uma verdade da qual não se pode fugir.

Esta é a razão pela qual, aliás, o Estatuto determina o recadastramento dos associados remidos e a Comissão Eleitoral estendeu o recadastramento também aos patrimoniais.

Mais ainda, sempre com o escopo de dar segurança e modernidade, foi contratada empresa de urnas eletrônicas, que presta serviços ao TRE.

Pois bem. Na última sexta-feira, dia 30 de janeiro, foi realizada uma grande reunião pela Comissão Eleitoral, com a presença dos candidatos e assessorias, além do responsável pelas urnas eletrônicas.

E, justiça seja feita, o que se constatou na reunião é que o candidato Paulo Garcia, por meio de assessores, havia feito um estudo na lista de eleitores e constatado alguns registros que mereciam conferência.

O candidato Osmar Stábile, pelo que a sua participação na reunião deu a entender, nada havia feito.

Como o objetivo maior é regularizar o cadastro, pois é do interesse de  todos, o trabalho do Paulo Garcia foi muito bem aceito.

Deliberou-se, então, que os técnicos do Paulo Garcia reunir-se-iam com assessores de Stábile e os técnicos da Omnysis, responsável pelo cadastro do clube, e as dúvidas seriam – e serão! – dirimidas até a eleição. Os registros irregulares simplesmente serão cancelados. Simples assim.

Pronto. Estes são os fatos.

Falar em anistia, com consta da reportagem, é delírio, extremamente leviano e ofensivo.

Na verdade, já está na hora de se parar com este discurso panfletário, desonesto, paranóico, constrangedor, apelativo, de que há fraude em tudo! Discurso que é sempre feito sem qualquer base empírica. Duvida-se porque se quer, por prazer, por hábito, por costume, por má-fé, talvez por auto-referência!

É curioso que estas pessoas que hoje reclamam tenham se calado em 14 anos da gestão Dualib (época em que as eleições eram indiretas; sem urna eletrônica; sem o comando de uma Comissão Eleitoral; com a permissão indiscriminada de anistias; sem que os candidatos tivessem acesso antecipado à lista de eleitores…).

O Corinthians está mudando e tem gente que não se acostuma com a idéia!

Sérgio Alvarenga

 

NOTA PUBLICADA  (com cortes e alterações) no site do Corinthians

 

Nota Oficial

Por Sport Club Corinthians Paulista

03/02/09 – 17h55

 

Prezados associados, torcedores e profissionais da imprensa,

O caminho para alcançar a democracia é sempre tortuoso, difícil, longo.

O Corinthians ainda dá seus primeiros passos nesta estrada. Depois de anos vivendo sob um regime autoritário, as novas regras causam espanto, alguns incômodos e dificuldades de compreensão.

Definitivamente, não é do dia para noite que uma mudança tão radical será absorvida e aceita por todos.

A reportagem publicada na data de hoje pelo jornal Folha de São Paulo, cruelmente intitulada de “Resgate de sócio põe sob suspeita pleito corintiano”, é um exemplo do desconforto que a mudança de regras antigas e arraigadas provocam.

Vamos aos fatos.

O Corinthians aprovou, em 22/09/08, pela vontade da maioria esmagadora de seus associados, um novo Estatuto Social que, dentre outras determinações:

a) assegura o voto direto do associado (artigo 45, I);

b) garante que terão direito a voto apenas aqueles associados que estejam quites com as contribuições associativas até dois meses antes do pleito (artigo 44, §1º);

c) proíbe a concessão de anistia a associados no período de 12 meses anteriores à eleição (artigo 44, §3º).

Todas estas medidas são novas e têm por escopo, além de democratizar a escolha dos dirigentes, dificultar o indevido uso da máquina administrativa na busca por votos.

Quem participou de outras eleições no Corinthians, lembra-se das anistias concedidas à mão, no ato da eleição, a depender, apenas, da camiseta vestida pelo, até então, devedor.

Há mais. Muito mais.

Foi criada uma Comissão Eleitoral, absolutamente independentemente, integrada por pessoas que não têm vínculos com nenhum dos candidatos. A Comissão Eleitoral assumiu integralmente o comando do processo eleitoral. Destaque-se que tal Comissão é presidida por um Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, secretariada por outro e composta por Conselheiros de reputação inabalável.

A Comissão Eleitoral deliberou a entrega da lista dos associados aptos a votarem em 14 de fevereiro de 2009 aos pré-candidatos. A entrega foi feita logo após fechada a lista de votação, congelada em 15 de dezembro de 2008, dois meses antes da eleição (art. 44, § 1o do Estatuto Social do Clube).

O objetivo desta entrega antecipada era o de, justamente, que todos os candidatos fiscalizassem a lista. A idéia era a fiscalização mútua e recíproca.

Afinal, o cadastro do Clube é antigo e, reconheça-se, cheio de falhas decorrentes da desídia das gestões anteriores. Esta é uma verdade da qual não se pode fugir e a atual Diretoria vem trabalhando incessantemente para sanar todas as desconformidades.

Esta é a razão pela qual, aliás, o novo Estatuto determina o recadastramento dos associados remidos e a Comissão Eleitoral estendeu tal recadastramento também aos associados patrimoniais.

Mais ainda, sempre com o escopo de dar segurança e modernidade, foi contratada a mesma empresa de urnas eletrônicas que presta serviços ao TRE.

Pois bem. Na última sexta-feira, dia 30 de janeiro, foi realizada uma grande reunião pela Comissão Eleitoral, com a presença dos candidatos e respectivas assessorias, além do responsável pelas urnas eletrônicas.

Como o objetivo maior é regularizar o cadastro, pois é do interesse de todos, o trabalho apresentado por um dos candidatos na referida reunião foi muito bem aceito e, deliberou-se, então, que os técnicos contratados por tal candidato reunir-se-iam com os demais assessores e os técnicos da Omnysis, empresa responsável pelo cadastro do clube, sendo que todas as dúvidas relativas ao cadastro seriam – e serão! – dirimidas até a data da eleição. Somente poderão participar do pleito os associados que cumprirem rigorosamente as exigências estatutárias. Simples assim.

Falar em anistia, como consta de declarações reproduzidas pela reportagem da Folha de São Paulo, é delírio, extremamente leviano e ofensivo à toda comunidade de associados do Sport Club Corinthians Paulista.

Na verdade, já está na hora de se parar com este discurso panfletário, desonesto, paranóico, constrangedor, apelativo, de que há fraude em tudo relativo ao Corinthians! Discurso que é sempre feito sem qualquer base empírica. Duvida-se porque se quer, por prazer, por hábito, por costume ou por má-fé mesmo.

É curioso que algumas pessoas que hoje reclamam tenham se calado durante as gestões anteriores, época em que as eleições eram indiretas, sem urna eletrônica, sem o comando de uma Comissão Eleitoral, com a permissão indiscriminada de anistias, sem que os candidatos tivessem acesso antecipado à lista de eleitores, etc.

O Corinthians está mudando e tem gente que não se acostuma com a idéia. Só não vê quem não quer.

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