POR ROBERTO VIEIRA
http://oblogdoroberto.blog.terra.com.br/
Esta semana Fidel Castro renunciou à presidencia de Cuba. Um fato inédito. Ditadores normalmente morrem ou são mortos no poder.
No entanto, outra ditadura anda por aí desenvolta.
A ditadura da bola.
Você já pensou na CBF?
Tudo começou democrático. Álvaro Zamith ocupou a presidencia durante um ano em 1915/16.
Saiu para dar lugar a Arnaldo Guinle. Um grande dirigente tricolor que mudou a face do Fluminense para sempre.
Guinle entregou o cargo para Ariovisto de Almeida Rêgo após quatro anos. E os cartolas foram se revezando.
Até chegarmos a João Havelange em 1958. Havelange também era tricolor como Guinle, mas decidiu ficar no cargo até 1975.
Só saiu pra assumir a FIFA.
Depois dele, Heleno Nunes e Giulite Coutinho comandaram o futebol durante cinco anos. Octávio Pinto Guimarães, seis.
E veio Ricardo Teixeira em 1989. Quase vinte anos atrás.
Quando Ricardo Teixeira foi eleito, a Argentina era campeã do mundo, Collor favorito nas pesquisas, Berlim tinha muro e Nabi Abi Chedid era um conhecido adversário político de Teixeira.
Tudo isso caiu por terra.
Mas o exemplo de Ricardo Teixeira não é um exemplo solitário no mundo do futebol.
Antes pelo contrário. A ditadura impera no futebol.
Aqui em Pernambuco, tivemos Rubens Moreira, o vice-rei do Nordeste. Durante vinte e sete anos presidente da FPF.
Na Argentina, o presidente Julio Grondona está no poder na Confederação desde 1979.
E a FIFA?
Jules Rimet ficou no cargo durante 33 anos. Sir Stanley Rous, 13 anos. Havelange e Blatter nem se fala.
O futebol pode ser o esporte mais democrático do mundo dentro das quatro linhas. Nas arquibancadas.
Mas nos bastidores do poder, ainda impera a ditadura da bola.
Uma ditadura sem coturnos, sem chuteiras. Onde se degustam charutos Havana.
E em alguns clubes brasileiros a ditadura também impera.
Tivemos os exemplos de Corinthians e Flamengo e hoje temos os exemplos de Santos e Vasco.
Isso sem falar nas administrações desastrosas de Fluminense e Palmeiras anos atrás.
Uma pena que esse panorama não mude.
Mas ainda acredito que um dia os clubes serão comandados de forma democrática.
Paulinho: É o que se espera
Incluo também como exemplo o Cruzeiro, o Atlético-PR e o Comitê Olímpico Brasileiro.
Paulinho: Sem duvida
Percorra-se o Brasil por Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste e não se achará um só clube ou federação que não esteja incrustado por grupelhos dirigentes que nem ao menos se revezam mais no poder; alguns já configuram verdadeiras dinastias, transmitindo a administração a descendentes. São imunes – ou, como se costuma dizer agora, blindados- à ação do tempo. Em tempos idos, a perpetuação no poder era incentivada apenas pela vaidade – ou, quem sabe, por alguma parcela de idealismo pelo esporte. A partir do momento, porém, em que o dinheiro assumiu como mola-mestra da atividade esportiva, caíram os últimos disfarces e o jogo do poder passou a ser disputado entre espertalhões e marginais. Não há lugar para o aparecimento de novas lideranças. Não resta espaço para gente com ideal de mudança. Na atmosfera que envolve as “elites” esportivas não circula oxigênio, só as emanações pútridas originárias dos conchavos e negociatas. Nesses ambientes não sobrevivem gilbertos cardosos, rivadávias correia meyers ou xistos toniatos, só pululam euricos, onaireves e teixeiras. Sem perspectivas de mudança, seja no curto, no médio ou no longo prazo. Infelizmente.
Paulinho: Perfeito
Não esquece q. aqui tivemos um pilantra idem. Seu nome ONAIREVES ROLIM DE MOURA. Não me lembro se já saiu do xilindró, se saiu deve estar em casa consumindo o produto dos seus atos ilícitos e dando risada de nós.Abçs.
Paulinho: Ele é um dos nefastos do futebol brasileiro
Olá, boa tarde.
Pensem aí a que ocorre aquí na Bahia?
O Esporte Clube Bahia é o recordista nacional de presença de público no estádio da Fonte Nova, mesmo o time estanto na terceira divisão. Prova do amor incondicional de sua torcida.
Em contra partida, a diretoria vem se superando ano a ano, praticando absurdos inaceitáveis para os dias de hoje. O clube está à beira da falência e os seus dirigentes se agarram com todas as forças ao poder e não permitem que haja eleição direta para o presidente da entidade.
Trista Bahia!!!
Paulinho: O torcedor do Bahia não merece essa corja de bandidos que lá está