Corinthians retoma o comportamento da parceria com a MSI

Em dezembro de 2004, o Corinthians se meteu numa aventura com a MSI, que lavava dinheiro da Máfia Russa, da qual somente acordou, três anos após, quando caiu para a segunda divisão.

Cartolas foram condenados e somente escaparam da prisão pela idade avançada.

Vinte anos depois, a lição não foi aprendida.

O comportamento do agente de jogadores Augusto Melo e seu mentor Rubens Gomes, o Rubão, que trabalhou com a MSI, é ainda mais ousado.

Como se dependessem disso para enriquecer.

Agora, em vez de associação com uma preposta da Máfia Russa, firmaram parceria com intermediária de uma espécie de cartel da jogatina.

O contrato da venda de placas de publicidade do estádio de Itaquera assemelha-se a outros que foram investigados no ‘FIFAGATE’.

A Brax, aliada de Ednaldo Rodrigues e Reinaldo Carneiro Bastos, tomou de assalto os negócios da CBF, não por acaso tratada como ‘Casa Bandida do Futebol’, e, por conta disso, possui inimigos vorazes, como Ricardo Teixeira, Del Nero e a família Zveiter, com forte ingerência na justiça carioca.

Quanto tempo levará, nesse contexto, para que a empresa seja alvo da justiça, levando-se em consideração a desastrosa participação de um de seus sócios da CPI da jogatina?

O que evitaria que o Corinthians, com negócios idênticos ao da CBF, também seja atingido?

Ninguém estranhou a presença de diversos sites de jogatina, em tese, concorrentes, no mesmo espaço publicitário em jogos de futebol?

Esse tipo de aproximação é inviável se tratada com empresas sérias.

Ao que parece, o objetivo principal dos anunciantes, mais do que a propaganda do produto, seria o de legalizar o dinheiro de todos.

Método, ilegal, muito bem explicado no vídeo que postamos, logo abaixo:

Ao colocar o Corinthians nesta situação, assemelhada à do período MSI, os cartolas arriscam-se, pessoalmente, e também ao clube.

Os que forem coniventes, por ação ou omissão, poderão também se complicar.

Assim como na época da parceria com a Máfia Russa, o clima é de êxtase na imprensa – agora reforçada por influencers que, quando não abobalhados, estão remunerados.

Como em 2004, poucos questionam a origem dos recursos.

Os valores anunciados são até três vezes maiores do que os avaliados pelo mercado..

Se o time vencer – vale lembrar, em 2005 foi Campeão Brasileiro -, cartolas e parceiros terão os nomes gritados por conselheiros e torcedores.

Assim que a realidade surgir, Augusto e Rubão serão, como Dualib e Nesi Curi, abandonados à própria sorte.

Restará ao Corinthians tentar se reerguer e criar mecanismos que possam protegê-lo dos que, como os atuais cartolas, precisam do clube para, a qualquer risco, mudarem a própria vida.

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