
Ana Paula de Oliveira
Em manifestação interna, a Federação Paulista de Futebol proibiu que os árbitros manifestem-se, publicamente, sobre política.
A ‘repassadora’ do recado foi Ana Paula de Oliveira, gestora do departamento na FPF.
Trata-se de uma censura seletiva.
Recentemente, o presidente do SAFESP, Aurélio Sant’Anna Martins, concorreu ao cargo de vereador em Jacareí (foi derrotado) e sua vice, Regildência, participou da campanha, sem que a Federação a admoestasse.
Pelo contrário.
Regildência, ilegalmente – por conta do Estatuto do Sindicato – seguiu sendo escalada para as partidas e, mais recentemente, foi ‘promovida’ à Comissão de Arbitragem da CBF.
A gestão do SAFESP tem interesses – nem sempre convergentes com os dos árbitros – alinhados aos de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, que passou a comandar, informalmente, a CBF, através do preposto Ednaldo, que exerce o cargo oficialmente.
Por que “censura”?
Imagine um policial trabalhando sem uniforme… pode?
Se essas pessoas querem se manifestar politicamente estão livres para isso, basta não serem árbitros (aliás, o próprio termo “árbitro” sugere alguém isento, independente, obviamente sem pendores políticos que afete sua atuação).