Circulou pela internet vídeo gravado por Octavio de Lazari Junior, diretor Presidente do Bradesco, com exaltação ao militarismo e recado claro, apesar da tentativa de torná-lo velado, de apoio ao golpismo:
“Sou o CEO presidente do banco Bradesco, onde trabalho há 43 anos. Mas há quatro décadas, eu me apresentava assim: soldado 939 Lazari, ao seu comando”
“Passam os anos e algumas coisas não mudam e o soldado 939 Lazari continua de prontidão”
Diante da repercussão, Octavio alegou que tratava-se de material gravado, em caráter pessoal, para motivação de recrutas, combinado para permanecer apenas no âmbito interno da corporação.
O Bradesco, que ele comanda, em nota oficial, seguiu no mesmo sentido.
É evidente que um CEO de um dos maiores bancos do planeta, pioneiro no trato com o digital, saberia dos enormes riscos de vazamento da declaração e, muito provavelmente, deve tê-la feito, também, com este objetivo.
O nome do banco é mencionado diversas vezes e a logomarca da empresa, além de inserida na abertura, está fixada no canto alto direito da produção, sugerindo a institucionalidade.
Ao corroborar com a ‘desculpa’ da iniciativa pessoal o Bradesco se omite diante da gravidade do comportamento e, consequentemente, endossa tudo o que foi ameaçado.
Sim, porque trata-se, mais do que ameaça, praticamente de aval ao que estaria por vir.
Não virá, porque impediremos, tudo indica, ainda no primeiro turno.
Mas a adesão do Bradesco, através de manifestação de seu CEO e a utilização do símbolo da instituição, ainda que covardemente negada, trata-se de mais um importante episódio a ser inserido nos livros de história que, em breve, contarão esses dias terríveis.
Ao Conselho do banco, para amenizar o estrago, em havendo interesse de manifestar-se em favor da Democracia, não há outra solução fora da convocação de reunião mais que extraordinária para eliminação do Soldado 939 Lazari de seus quadros e de quem, como ele, estiver flertando com o golpismo.
EM TEMPO: desde 2020, o soldado 939 Lazari, na condição de CEO do Bradesco, fechou 1.527 agências e demitiu 7.754 funcionários.
Forças armadas são pra prestar serviço ao país e não pra participar do governo do país. Esses muilicos não conseguem ver a diferença. Aliás, estão “se servindo” do Brasil, com mais de 8 mil militares empregados no desgoverno e recebendo DOBRADO.