Durante algum tempo, Romário, enquanto deputado federal, aparentava grande combatente contra a corrupção que assolava o futebol brasileiro, brilhando ao publicar relatório paralelo da CPI do Futebol, com pedido de indiciamento de muitos cartolas.
Sua atuação, elogiadíssima, alicerçou a vitória ao Senado.
Algo se perdeu pelo caminho ou fomos todos enganados?
Em 2019, Romário era crítico do Governo Bolsonaro, denunciando, em suas redes sociais, ataques contra os direitos dos portadores de deficiências.
Um ano antes, declarou apoio à candidatura presidencial de Álvaro Dias.
Contra Bolsonaro.
Recentemente, já adepto do clã ligado à milícia que assola o Rio de Janeiro, o Senador emprestou a imagem para fotografias de apoio e permitiu, inclusive, movimentações para que a ex-esposa de Bolsonaro, investigada como operadora de ‘rachadinhas’ na ALERJ, se tornasse candidata à suplência de sua tentativa de reeleição.
Só não será porque os ciúmes de Michele ‘do Queiroz’ não permitiram.
Romário não é desinformado e acompanhou a atuação do Governo Federal durante a pandemia de Covid-19.
650 mil mortes, muitas delas evitáveis.
Não há perdão para quem participou do Genocídio, nem aos que seguem apoiando os executores.
Triste fim, agravado pela condição de ídolo do esporte nacional – que lhe garante popularidade, para quem começou na política de maneira tão promissora, mas, ao que parece, não resistiu às tentações do sistema.
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