Luiz Adriano, sabendo que estava contaminado por COVID-19, dirigiu-se a um supermercado e não se importou com a possibilidade de contaminar dezenas de pessoas, entre as quais, sua própria mãe.
Fosse qualquer um de nós, estaríamos presos.
Obviamente, nesse país em que a ignorância é predominante, há milhares de casos iguais a esse repetindo-se, diariamente, por aí.
A questão é que os infectados, em regra, escondem sua condição, impedindo que policiais ou demais controladores da segurança pública possam agir pela correção.
No caso do jogador palestrino a comprovação, não apenas da doença – divulgada publicamente pelo próprio clube, mas do dolo em correr o risco de espalhar o vírus mortal pelas ruas estão absolutamente comprovados.
Se a polícia se omitiu e registrou o caso apenas como acidente de trânsito – porque Luiz Adriano atropelou um ciclista, cabe ao MP-SP, certamente informado sobre o assunto, tomar as rédeas do caso.
Ainda que não seja preso, o atleta tem que responder pela irresponsabilidade, servindo de exemplo aos demais infratores.
Ao menos o episódio, desde a divulgação pública, serviu para ridicularizar, novamente, qualquer tentativa de CBF e FPF de enganar a população com seus protocolos comprovadamente ineficazes.