Desde ontem, sabe-se, as contas do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) estão bloqueadas e seus bens indisponíveis até que o órgão pague os R$ 24,6 milhões que deve, em ressarcimento por malfeitos, à União.
Herança triste da gestão Carlos Nuzman.
Em vez de pagar a despesa, o atual presidente do COB, Paulo Wanderley, tentou faturar politicamente com a desgraça.
Através de Nota Oficial, lamentou a cobrança, mas exaltou sua suposta política de “austeridade financeira”.
Omitiu que era dirigente de Nuzman à época dos fatos e que sua gestão está sendo investigada, também, por irregularidades semelhantes.
Com passado enlameado e presente oportunista, o COB sequer tem boa perspectiva de futuro, vítima que é de um sistema eleitoral viciado, quase impedidor de alternância no poder.
Enquanto isso, os atletas brasileiros seguem a via sacra de serem abandonados ao longo de mais um período olímpico, com tímido acolhimento próximo à data dos Jogos e a bajulação habitual dos que somente se ‘preocupam’ com eles no momento, raro, da conquista de medalhas.