Logo mais à noite, os bastidores do Corinthians serão tomados por eleições internas que, além de obviamente importantes, servirão para aferir a temperatura dos oposicionistas alvinegros.
O clube escolherá membros do CORI e do Conselho Fiscal.
Ambos órgãos responsáveis por checar documentações e orientar ao Conselho Deliberativo o comportamento a ser adotado em suas reuniões.
Nos últimos anos, porém, o que se viu foram conselheiros incapazes de superar as pressões da diretoria chancelando negócios e negociatas, em alguns casos, sem o menor aprofundamento nas questões.
Com a corda frouxa, cartolas alvinegros, coincidentemente, enriqueceram à medida que o clube empobrecia.
Nas recentes eleições à presidente da diretoria, a menor diferença entre o vencedor, Duílio ‘do Bingo’ Monteiro Alves e seus adversários mais diretos sugere a oportunidade de novos rumos na política do Corinthians, levando-se em consideração que, juntos, opositores receberam mais votos do que situacionistas.
A união, e somente ela, poderá fazer a diferença.
Com o CORI e o Conselho Fiscal sob domínio, os opositores, no mínimo, dificultariam a possibilidade de falcatruas escancaradas, além de ampliarem o diálogo para a adoção de medidas importantes para o crescimento do Timão.
Se os eleitos forem os canalhas de sempre, a política de ‘ajoelhar e carimbar’ seguirá ampliando as facilidades de um grupo, comprovadamente, interessado em saquear o Corinthians, ainda que, por conta do excesso de rapinagem, existam cada vez menos recursos – fora das negociatas do futebol – para serem embolsados.