Eleito, como era previsível, por 155 votos contra 78, o novo presidente do São Paulo, Julio Cesar Casares, iniciou bem a gestão: convidou, publicamente, Muricy Ramalho para trabalhar no futebol e acenou com a permanência do treinador Fernando Diniz.
A grande questão é saber o que virá daí por diante.
Engessado num sistema arcaico em que os conselheiros, não os associados ou torcedores, decidem tudo no Tricolor, Casares, se quiser fazer história, terá que desagradar a quase todos.
Terá coragem?
A vida pregressa de alinhamento a gestões calamitosas não sugere essa opção.
Para piorar, a escolha do presidente do Conselho, também eleito entre seus apoiadores, de Olten Ayres de Abreu Junior indica problemas claros no futuro.
Quem conhece o comportamento ‘comercial’ do sujeito – e muita gente está ciente – sabe bem o leque de possibilidades que pode ser aberto tanto em favor da gestão quanto de seus opositores, à medida do benefício oferecido.