Os senadores que, às pressas, aprovaram o ‘marco temporal’, em absoluto desrespeito aos povos originários, agiram apenas por esperteza, sabedores que a Lei não vingará, principalmente após o STF, por quase unanimidade – excetuando-se os dois bolsonaristas -, estabeleceu-o como afrontoso à Constituição.

Há ainda o rito teatral a ser seguido: o veto do presidente Lula, a nova aprovação no Congresso, e a judicialização ao Supremo, com final mais do que previsível.

Por que os senadores foram ‘espertos’?

Para garantirem, mais do que os votos de seus redutos, o dinheiro do agronegócio.

A este jogo indecente, aderiram nomes que não se constrangem com pouca coisa.

Entre os quais, Jorge Kajuru.

Denunciado por prática de ‘rachadinhas’ desde o gabinete de vereador em Goiás, o ex-jornalista se vira para onde o dinheiro e a oportunidade lhes apontam.

Antes da política, tomou ‘patrocínio’ do bicheiro Carlinhos Cachoeira para defendê-lo na imprensa – e foi flagrado em grampo da Polícia Federal.

Acreditando na morte política de Lula, se juntou a Bolsonaro e, quando este sucumbiu, voltou a discursar a favor do atual presidente.

Ao ‘flechar’ os povos originários na votação de ontem, Kajuru garantiu a grana do agro, nem sempre relacionada a doação de campanha.

Kajuru e Sergio Moro (que também votou pelo Marco temporal)
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