
Denise Boni de Mattos e Antonio Carlos Castanheira
No início de agosto, conselheiros da Portuguesa foram pegos de surpresa ao receberem boletos de suas mensalidades em que o cedente, em vez do clube, era uma tal “APD Gestão Financeira”.
A empresa foi criada, menos de um mês antes, em nome do desconhecido Lorenzo Soler Celestino, de apenas 20 anos.
O Blog do Paulinho noticiou, em 15 de agosto:
Portuguesa utiliza-se de empresa recém criada para driblar execuções judiciais
Logo descobriu-se que a APD (com iniciais da Associação Portuguesa de Desportos), além destes boletos, passou a receber toda a receita do clube: pagamentos de associados, vendas de produtos, aluguéis, patrocínios, etc.
Tudo indica, tratava-se de uma manobra para enganar os diversos credores da Lusa, em burla às ordens judiciais.
Mas, ao que parece, é bem mais do que isso.
Curiosamente, o escritório responsável pela contabilidade da ‘APD’ é a ‘Mabe Assessoria Contábil’, que tem como sócia a Sra. Denise Boni de Mattos, vice-presidente da Portuguesa.
Ou seja, em tese, todo o dinheiro da Portuguesa estaria sendo operado por um empreendimento de ‘fachada’ controlado, contabilmente e, provavelmente, administrativamente, pela dirigente do clube.
É pouco provável que sem o conhecimento do presidente Antônio Castanheira.
Tirante a questão nada ética do procedimento, ainda que o clube não esteja sendo roubado – se é que não está -, apesar de, certamente, trabalhar para enganar os credores, fica a dúvida: a vice Denise não cobra vencimentos, através da ‘Mabe’, para se obrigar a tamanha responsabilidade?
Seus dois sócios na contabilidade permitiriam esse procedimento sem nenhuma contrapartida financeira?
Vale lembrar que, recentemente, Denise foi acusada, entre outras coisas, de falsificar documentos públicos, o que, apesar de ter escapado da condenação, acaba por gerar alguma suspeita:
Pingback: A Portuguesa respira por aparelhos – Blog do Paulinho