Andres Sanches e Mario Gobbi estiveram, desde os tempos de gestão Alberto Dualib no Corinthians, da qual beneficiaram-se para depois tornarem-se opositores, do mesmo lado da calçada.
O delegado ajudou a fundar a chapa ‘Renovação e Transparência”, deixou o parceiro sair candidato e depois, na eleição subsequente, elegeu-se presidente.
Ambos farrearam bem no departamento de futebol.
Inclusive no de base, em que dividiram o mesmo diretor: Fernando Alba.
Em nenhum momento economizaram, aliás, bem pelo contrário, conforme demonstra a evolução, por gestão, da dívida alvinegra.
Foram 1.100% de acréscimo em treze anos.
Agora, entrevistados em ‘lives’ diversas, a dupla diz ter interesses e lados distintos, mas evita o confronto mais incisivo de idéias.
Aliás, em diversos pontos convergem.
No principal deles, que é o futebol, carro chefe, responsável pela maior parte de arrecadação do clube, o discurso de ambos é idêntico: deixar de contratar jogadores.
Tratam o assunto como única solução viável para combater o caos financeiro, instaurado pelos próprios.
Pelo histórico político de Andres e Gobbi e, principalmente, a necessidade de subsistência, deles e de seus seguidores, é improvável que a promessa seja cumprida.
Mas, se for, o sofrimento do clube tende a ser ampliado.
Com o atual elenco, formado para ajudar a ELENKO, e também aos parceiros do BMG, o futebol vai para o buraco e, com ele, as arrecadações que sustentam toda a operação, entre as quais a pendência do estádio de Itaquera.