Ontem (06), o Blog do Paulinho listou negócios obscuros que estão sendo fechados pelo Corinthians, quase todos no exterior, para facilitar a vida de quem não pode ser fiscalizado no Brasil.
Entre os quais agentes famosos e cartolas associados:
Detalhes que a diretoria do Corinthians não revela sobre recentes negociações do clube
Ontem, em coletiva, Duílio do Bingo, diretor de futebol alvinegro e pré-candidato à presidência, ao ser questionado, tentou explicar o caso Cantillo, jogador colombiano contratado sob termos inusuais: o clube simulou empréstimo até o final de 2020, obrigando-se a quitar quatro parcelas de R$ 4 milhões cada, de três em três meses, para, ao final, tornar-se proprietário de 70% de seu vínculo.
Detalhe: desde que não atrase nenhum pagamento, sob risco de perder todo o investimento.
Para justificar o negócio, Duílio confirmou tratar-se de uma simulação: “é uma compra”, disse, e que o formato dos pagamentos foi imposto pelo Junior Barranquila, que exigiu garantias bancárias para cedê-lo ao Timão.
Noutras palavras, o Corinthians, segundo a versão do dirigente, teria sido tratado com extrema desconfiança.
Qualquer dirigente mais sério, diante da desmoralização e até pelo fato de Cantillo não se tratar de um ‘Pelé’, levantaria da cadeira e daria meia volta, mas o negociador presente ao local era Andres Sanches que não poderia prejudicar os interesses do parceiro Kia Joorabchian, que pretende utilizar a vitrine alvinegra para renegociar o atleta à Europa.
Ao tocar nesse assunto, Duílio desviou do constrangimento e faltou com a verdade ao dizer que somente não apresentaram as tais ‘garantias’ porque encareceria a contratação, quando, em verdade, sabe bem que, envolto em penhoras e execuções diversas, o Corinthians não as possui.