Pablo

Recentemente, ao anunciar o patrocínio master do banco BMG em sua camisa, para justificar os valores modestos envolvidos no negócio (R$ 12 milhões contra os mais de R$ 30 milhões, pagos, anteriormente, pela CAIXA), o Corinthians, através de sua diretoria, se pronunciou:

“O clube ganhará percentual do lucro das contas que serão abertas por torcedores. Nossa previsão é de 200 mil novos cliente, somente no primeiro ano”.

A realidade se mostrou diferente.

Menos de 10% desse volume se transformou, de fato, em resultado.

Até o momento, 15 mil contas foram abertas, sendo que, destas, pouco mais de 1,5 mil possui alguma movimentação.

O lucro esperado inexiste.

Em verdade, nessa obscura relação entre Corinthians e BMG (vigente, nos bastidores, desde 2008), que envolve empréstimos, ao clube, com valores acima do mercado, até transações de jogadores, somente o afamado ‘banco do mensalão’ e os cartolas alvinegros parecem lucrar, de fato, com essa situação.

No mais recente negócio, o Corinthians contratou, há duas semanas, o atacante Pablo (19 anos), vinculado ao Coimbra/MG, clube barriga de aluguel do BMG, que mantém seus atletas sob agenciamento de parceiros do iraniano Kia Joorabchian.

Trata-se de mais um acordo realizado fora dos ‘holofotes’, registrado na equipe Sub-20 do Timão, que, há alguns dias, trouxe quatro jogadores da Ponte Preta, em agrado ao agente Fernando Garcia, outro dos queridinhos da diretoria alvinegra.

Antes de Pablo, na surdina, outros três atletas do BMG chegaram ao Timão, todos na faixa entre 17 e 19 anos.

Enquanto o Corinthians segue, judicialmente, lutando para não ter o Parque São Jorge interditado e contra a execução da Arena de Itaquera, Andres Sanches, entre uma mentira e outra, continua movimentado o mercado da bola, fazendo das categorias de base vitrine de atletas de terceiros, assim como no time sub-23, recheado com mais de duas dezenas de mercadorias à espera de interessados.

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