Sob discurso da necessidade de montar um elenco que pudesse disputar dois campeonatos (Copa Paulista e Brasileiro de Aspirantes), a cartolagem do Corinthians contratou mais de duas dezenas de jogadores, apesar de ter muito mais do que isso encostados no Parque São Jorge ou emprestados a terceiros.
Evidentemente, o objetivo verdadeiro era outro: esquentar o currículo de atletas, em regra, pouco expressivos, facilitando a vida de seus respectivos agentes, que, generosos, costumam ‘premiar’ seus facilitadores.
Passados poucos meses, o resultado esportivo do ‘Time B’ do Corinthians é uma tragédia.
Eliminado na fase inicial do Brasileiro de Aspirantes e ocupante da penúltima colocação na Copa São Paulo (colocação que poderá piorar se a Portuguesa, apenas um ponto atrás, empatar seu jogo de logo mais, no Canindé, contra o Taubaté), o futebol jogado pelo sub-23 alvinegro, nas mãos de um treinador pra lá de suspeito e gerido como se fosse banca de ‘jogo de bicho’ por um dirigente especialista em contravenção, é pavoroso.
Para evitar custos desnecessários e derrotas constrangedoras, melhor abandonar o campeonato, levar ‘WOs’ sequenciais e desfazer a bobagem, com a extinção da equipe.
A única justificativa para manter a ‘operação’ seria se o clube estivesse, de fato, revelando jovens promessas, não, como é o caso, permitindo que dirigentes, por debaixo da mesa, subloquem espaço a jogadores de categoria duvidosa.
Porém, acabar com o ‘Time B’ de maneira imediata implicaria na devolução dos ‘agrados’ de intermediários, liberados com antecedência (não ao clube), para exposição de suas mercadorias na popular vitrine alvinegra.