
Raul Corrêa da Silva
Ontem (29), o presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello, divulgou carta enviada a conselheiros do clube dando conta de que o balanço financeiro cruzmaltino trará o “maior superavit do Brasil”.
R$ 60 milhões, com direito a redução de dívida na casa dos R$ 100 milhões.
Para quem acompanha a vida da agremiação, parece história da carochinha, diante de tantos fatos, ocorridos em 2018, que colocam em dúvida a afirmação.
No mesmo documento, Campello cita que a auditoria das contas do Vasco ficou a cargo da BDO/RCS.
Reconhecida pela criatividade contábil, a empresa tem como proprietário o contador Raul Corrêa da Silva, ex-diretor de finanças do Corinthians, que, há não muito tempo, foi acusado de “maquiar” as contas do clube.
No exercício do cargo, no Parque São Jorge, Corrêa foi indiciado, ao lado doutros três dirigentes, entre os quais o atual presidente, Andres Sanches, por apropriação indébita e sonegação de impostos, inquérito que segue ativo na Justiça Federal.
A BDO foi responsável, também, por dar como lícitos os balanços da Odebrecht.
Ou seja, não falta, aos conselheiros do Vasco da Gama, indícios para que, no mínimo, suspeitem de números que parecem não traduzir o caos notório que o clube enfrenta no departamento de futebol e também na sede associativa.