Discurso na Câmara dos Deputados, em 2011, contra a corrupção no Esporte

Nesse clima de intimidação à imprensa que existe no país, acabo de ser preso pela polícia de São Paulo, que cumpriu mandado por difamação, em processo no qual tratei o “garoto-propaganda” Milton Neves, anos atrás, como “barrigada perdida”.

O termo, jocoso, utilizado em texto crítico, foi tratado pelo judiciário como pesos e medidas distintos do que ocorre habitualmente com diversos jornalistas.

A perseguição é evidente.

Meu recurso, que provavelmente seria vencedor, não foi aceito porque, estranhamente, meu ex-advogado à época, Romeu Tuma Junior, deixou de depositar as custas do processo, alegando que “não sabia” da obrigatoriedade de fazê-lo antecipadamente.

Não se lembrou, também, de avisar-me do mandado de prisão, que descobri, sozinho, após consulta ao sistema do TJ-SP.

Curiosamente, nos dias atuais, Tuma tem andado de braços dados com muitos dos denunciados por este espaço.

A pena é de pouco mais de um mês, mas soube que tentam acelerar outros processos para que me deixem o máximo de tempo possível atrás das grades.

O Brasil é um país em que bandidos tem privilégios, mas os que combatem seus crimes, principalmente quem não possui grandes conglomerados de mídia por detrás, em regra, são vítimas de violência.

Por vezes, atentados contra a vida.

No meu caso, neste momento, um novo e abusivo caso de prisão.

Enfrentarei mais este desafio, com a coragem habitual, contando com o apoio dos fiéis leitores deste espaço, e de quem mais solidarizar-se com esse tipo de barbaridade.

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