No início deste ano, dirigentes do Corinthians saíram de uma reunião de negócios com a Mercedes Benz empolgados, à ponto de publicarem, imediatamente, em rede social, registro fotográfico do encontro.

O discurso, dentro do clube, é de que fechariam “pacote completo”, com naming-rights, patrocínio master, etc.

Meses depois a realidade se apresentou: a Mercedes não só negou-se a fechar negócio com o Corinthians, como, em justificativa, apresentou veto do departamento de compliance, por conta das notícias que dão conta do envolvimento de dirigentes alvinegros em atos de corrupção.

O risco de associação da marca era muito grande.

Este episódio repercutiu no mercado e fechou as portas do Corinthians para qualquer tentativa de negócio relevante.

Em alguns casos, as empresas sequer aceitavam receber os cartolas do clube.

Por esta razão, o marketing do Timão, sob comando do primeiro ministro Luis Paulo Rosenberg, tem se contentado com empresas aventureiras, quase sempre recém criadas, que arriscam a sorte na exposição para ver se conseguem algum dinheiro.

Em dando certo, pagam a fatura, porém, se der errado, como já aconteceu, pelo menos, em três oportunidades, o Corinthians tenta cobrar na justiça, mas não consegue receber pelo fato das “parceiras” não mais existirem.

O estrago ocasionado pelo negócio mal conduzido com a Mercedes foi grande e não será nada fácil convencer o mercado, nos próximos meses, ainda mais com o presidente investigado pela “Lava-Jato”, de que as coisas mudaram no Parque São Jorge.

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