O panaca

Clássico mundial dos filmes de comédia, “O panaca”, estrelado pelo genial Steve Martin, parece ter sido inspirado na vida do Coronel Nunes, presidente da CBF, tamanho é o número de gafes cometidas no exercício do cargo.
Talvez por isso, por se tratar de figura folclórica, os verdadeiros donos da Casa Bandida tenham-no escolhido para o cargo.
“Vai fazer todo mundo rir e não se envolverá nos negócios”, devem ter pensado alguns.
Eis que chegou a Copa do Mundo e, em meio a uma importantíssima reunião de escolha de sede para o Mundial 2026, o sujeito, por si, decidiu roer a corda num acordo alinhavado com a Conmebol, de votar nos EUA e seus parceiros, para escolher a zebra Marrocos.
E nem se tratou, ao que parece, de vender votos, porque, dizem, até para ser corrupto há de se ter alguma credibilidade (no pior sentido da palavra).
Nunes entrou para ser o “bobo da corte” e entregará a CBF a Rogério Caboclo, seu sucessor, brigada com a Conmebol e com fama internacional de não honrar de pé o que promete sentada.
Mais uma obra de Marco Polo Del Nero – o inventor de Nunes, ventriloquo incapaz de controlar seu boneco – na árdua tarefa de piorar ainda mais a imagem do futebol brasileiro do que já haviam feito Havelange, Teixeira e Marin.
