História do grafite no muro da Arena de Itaquera, a custo de R$ 150 mil, continua enrolada

No último dia 07 de abril revelamos que o grafiteiro Vandre Luis de Oliveira ingressou com ação judicial contra o Corinthians, cobrando R$ 150 mil por suposto calote em serviço executado nos muros da Arena em Itaquera, utilizada pelo clube.
Corinthians dá calote de R$ 150 mil em “grafiteiro” da Arena
Em meio à ação, novos detalhes foram revelados.
Vandre não era contratado direto do clube, mas sim de um amigo do ex-presidente do Timão, Andres Sanches (PT), o “Gaviões da Fiel” Cristiano Rocha de Miranda, vulgo “Magrão do Grafite”, que já realizou outros trabalhos, inclusive dentro do Parque São Jorge.

A defesa alvinegra alega que o Corinthians já pagou R$ 120 mil pelo serviço a Magrão, que seria o verdadeiro contratante de Vandre.
É estranho, porém, segundo relatado também nesta ação, que os valores seriam referentes somente ao serviço de mão de obra, já que o material (tintas, solventes, etc) entraram no clube com nota de “doação”, ou seja, em tese, não teriam sido cobrados.
Será ?
O proprietário da benemérita “Futura Tintas” (inserida na camisa de Magrão e Vandre – fotos), que, em verdade, se chama Carpint Indústria e Comércio de Tintas Ltda, localizada em Guarulhos, é o empresário Ricardo Stiepcich.

Em resumo: o Corinthians alega ter pagado R$ 120 mil a um amigo de Andres Sanches enquanto é cobrado por outros R$ 150 mil de um dos grafiteiros, revelando, a princípio, independentemente do mérito da dívida (a ser comprovada na Justiça) valores expressivos, levando-se em consideração que o material utilizado na obra, se de fato doado (como consta nas Notas Fiscais), nada gerou de despesas ao clube.
O departamento gestor da Arena, de responsabilidade do ex-presidente Andres Sanches (PT), o presidente alvinegro, Roberto “da Nova” Andrade, e os financeiros, Raul Corrêa da Silva (à época do evento) e Emerson Piovesan (atual) devem ter boas explicações para o estranho negócio.

