lula bebado

Qualquer limítrofe sabe que o Sítio em Atibaia, o Triplex no Guarujá e a celular que “Lula” não usa (em versão oficial, antes da revelação dos grampos), em verdade, são do ex-presidente.

Não haveria problema algum, em primeiro momento, se o líder petista confirmasse a propriedade destes bens.

Existiriam discussões éticas, evidentes, principalmente sobre as construtoras que tem contrato com o Governo bancando as reformas, mas, até elas, estariam inseridas no padrão de renda atual do ex-mandatário do País.

Lula ganha (oficialmente) o suficiente para ter estes imóveis a ainda outros mais.

A grande questão, que ajudou a formar o mito do “trabalhador” que luta pelo povo, mas agora, após exercício do exagero, escancarou os desvios de conduta, é o hábito, frequente na vida do petista, das práticas delituosas, acompanhado sempre da necessidade de mentir.

Desde sempre, Lula, que sequer entende o que é ser de esquerda, dela se aproveitou para vender seu inquestionável carisma a um projeto pensado de conquista de poder.

Nem que para isso, em primeira grande traição a seus seguidores (não os da cúpula, que sabiam, mas os populares), fingisse, nos anos 80, insurgir-se contra os desmandos do patronado das montadoras, quando, em verdade, a eles estava aliado, facilitando com suas greves vendidas a preço de ouro o objetivo de sufocar o Governo para que fossem liberados aumentos dos preços de veículos, sob pretexto de arrecadar mais para conseguir pagar os salários exigidos pelos trabalhadores.

Da diferença (entre o aumento e o que era, efetivamente, repassado aos metalúrgicos) tirava-se o dinheiro que remunerava a boa vida de Lula, Dirceu e demais “companheirada”.

O tempo andou, Lula cresceu e, com o poder nas mãos, passou a utilizar-se do mesmo hábito, porém com uma gama maior de empresas nas mãos (construtoras, preferencialmente), mais dinheiro em jogo, e a certeza (eis seu erro) da continuidade da impunidade, amparada pelo então altíssimo índice de popularidade de seu Governo, recordista de ações populistas, que se vê, agora, embasadas em irrealidades que levaram o país à realidade do caos.

Lula cairá, em meio ao inevitável vexame de seu encarceramento, porque não soube parar de mentir em coisas básicas, como a posse de imóveis plenamente justificáveis dentro de seu padrão de vida (ou da ridícula negativa de utilização de celular), que, se assumidos de pronto, nada lhe ocasionariam de problemas.

O hábito de delinquir foi mais forte do que a necessidade de falar a verdade, que poderia (com a devida e sempre utilizada propaganda de perseguição), até, salvá-lo, desclassificando, na cabeça da massa de manobra, resultados de apuração de problemas e desvios de conduta bem mais graves.

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