palmieras e santos

A superioridade técnica do Corinthians, não apenas no Paulistinha, mas também noutros campeonatos que vem disputando é tão grande, que os palmeirenses, resignados, apesar de acreditarem na vitória, não entenderiam como desastre a provável derrota.

Mas o Palmeiras, fazendo história, eliminou seu mair rival, nas penalidades (para o coração do torcedor relembrar outras vitórias históricas), calando um estádio tomado pela massa de torcedores alvinegros.

O Corinthians, apesar da desclassificação, saiu do torneio (de regulamento esdrúxulo) invicto, e, maduro, nada indica que se abalará para a disputa da Libertadores, o objetivo maior.

No jogo, em si, vimos o Timão levar dois gols de bolas cruzadas, (cada vez mais frequentes) numa zaga que se comporta bem por baixo, mas é desastrosa na jogada aérea, sucumbindo perante um Verdão muito bem armado pelo ótimo Oswaldo de Oliveira, que soube tirar o máximo de jogadores medianos, mas (exceto Valdivia) comprometidos com o clube.

Na Vila, o Peixe foi absolutamente superior e poderia até ter goleado o São Paulo, num elenco em que, tamanha a empolgação, é difícil distinguir os veteranos dos mais jovens, mas, nitidamente, tem em Robinho sua mola propulsora.

Em contraponto, a equipe Tricolor bem poderia ser apelidada “The Walking Dead”, com mortos-vivos famosos (Pato, Ganso, etc) que acreditam ainda estarem vivos, e se autoflagelam no gramado, impondo ao torcedor os vexames de suas condutas.

É nítida a decepção de Rogério Ceni (no desejo da última conquista), que, mesmo num período instável tecnicamente, ao menos comporta-se com a dignidade, mas é obrigado a conviver em companhia de farsas futebolísticas evidentes.

Projetando para a final, é obvio que o Santos terá o favoritismo, amparado na boa campanha e futebol apresentado no campeonato, mas não se pode duvidar de um Palmeiras que joga a vida, fez história (contra o maior rival) e tem por objetivo antecipar etapas, conquistando um título previsto para acontecer (pelo trabalho de reformulação) bem mais à frente, a partir de 2016.

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