Durante toda a gestão Andres Sanches, desde 2007, com menor ímpeto, depois, a partir da administração Mario Gobbi, o Bragantino (reconhecido quintal de empresários) foi parceiro informal da diretoria do Corinthians.
Era um troca-troca de jogadores, com clara intenção de favorecer intermediários e também dirigentes alvinegros.
Poucos vingaram, a grande maioria deu prejuízo.
Bastou a entrada do novo presidente, Roberto “da Nova” Andrade, um invertebrado, que recebe ordens diretas de Sanches, por intermédio do ex-bicheiro e agora vice-presidente Andre Negão, para que os negócios fossem retomados.
Agora, porém, de maneira oficial.
O clube anunciará, nos próximos dias, que se tornou gestor do Bragantino.
Ou seja, responsável por todas as despesas e prejuízos eventualmente ocasionados.
Marquinhos Chedid e o semelhante Andres Sanches já bateram o martelo e selecionam jogadores.
Alguns atletas do elenco do Braga serão mantidos, mas a grande maioria, dispensados, para dar lugar a encostados do Corinthians que estavam no Sub-23 (equipe B), no Flamenguinho de Guarulhos (equipe C) e também àqueles que rodam o Brasil e o Exterior (mais precisamente a Ilha da Madeira – com contrato a vencer, filho de conselheiro).
A tão propagada contenção de despesas (que atingiu, pelo que se vê, apenas funcionários mais humildes e outros que a direção queria dispensar, mas não tinha coragem sem a referida desculpa), e o discurso de encerramento de atividades do cabide de empregos “Flamenguinho” cedeu espaço para a pressão, evidente, dos que sobrevivem de esquemas no Parque São Jorge.
Se não tiverem apego ao cargo, mas sim ao desejo de contribuir com o Corinthians, assim que anunciada, oficialmente, mais essa “obra” da Renovação e Transparência, espera-se que dirigentes contrários à gastança (entre os quais um que sempre se opôs ao grupo) entreguem seus cargos, evitando manchar a história com a participação, por omissão, de mais um descalabro.