luxemburgo e aldo rebelo

O Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, supera-se, diariamente, entre sandices, asneiras e textos de intelectualidade duvidosa, na arte de tentar defender sua incapacidade administrativa, e conivência política, com àqueles que descumpriram promessas e realizaram atos, e obras, suspeitas, na organização da Copa do Mundo do Brasil.

Seu mais lamentável pronunciamento foi publicado, hoje, na FOLHA DE S.PAULO.

Nele, para atacar jornalistas que não se renderam ao “oba-oba”, distorce palavras, atos e textos do grande Nelson Rodrigues, tentando utilizar a genialidade do escritor em defesa de seus interesses.

Descontextualiza, por exemplo, críticas que Rodrigues recebia por textos, considerados pelo ministro, patrióticos, num período em que era explicável a aversão de oposicionistas por tudo que era relacionado a exaltação do regime, mesmo que, por vezes,  de maneira equivocada.

Mistura alhos antigos com bugalhos atuais.

No auge da insanidade, ou talvez, o que seria pior, embora não surpreendente, do falseamento da verdade, Rebelo tenta desqualificar a famosa frase de Samuel Johnson: “o patriotismo é o último refúgio do patife”, dando a ela interpretação absolutamente desonesta e distorcida.

O objetivo, sempre, é o de hostilizar jornalistas que tratam a profissão com seriedade.

Rebelo deixa claro que os olhares da imprensa, em sua opinião, deveriam ser bi-focais, ou seja enxergar apenas as poucas ações que saíram a contento, divulgando-as com o ufanismo exaltado em sua crônica da Folha, porém, colocando “tampão” no olho, e na boca,  que ousasse detalhar à população – a quem o Ministro deve prestação de contas – toda a imoralidade, inclusive das coisas que deram certo, em que seus parceiros políticos e do futebol estão amplamente envolvidos.

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