santacruz

Por JOSE RENATO SATIRO SANTIAGO

Era ainda os anos 1970, mais precisamente 1975, eu ainda era muito pequeno, e ouvia Palmeiras x Santa Cruz pelo rádio.

Impossível na minha cabeça imaginar que o Alviverde não venceria e com facilidade.

Equipes do Nordeste naquela época não assustavam.

Ainda mais jogando em São Paulo.

Pois o Santinha venceu de virada do Palmeiras por 3 a 2 em um Parque Antarctica lotado.

A primeira equipe do Nordeste a fazer frente aos grandes do Sul/Sudeste em um Campeonato Brasileiro.

Foi semifinalista naquele ano.

Talvez não tenha acreditado que poderia ser campeão.

Mas, certamente honrou os 11 meninos da capital pernambucana que fundaram uma equipe em 3 de fevereiro de 1914, e deram o nome “Santa Cruz”, pelo fato de jogarem no pátio da Igreja de Santa Cruz.

Inicialmente, adotou as cores alvinegras, o que acabou mudando devido a semelhança com outro time local da época, o Flamengo de Recife.

Uma das razões que justifica a sua popularidade está relacionada com o fato de ter sido uma das primeiras equipes a aceitarem jogadores negros, algo muito raro na época.

O Santa não faz história, ele é muita história.

Passou a ter destaque no futebol de seu estado a partir da década de 1930, quando foi tricampeão 1931/32/33.

Nos anos 1970, conquistou o pentacampeonato estadual entre 1969 e 1973.

O embrião da equipe que faria frente aos maiores times do Brasil.

Atual tricampeão pernambucano, já conquistou 27 títulos estaduais.

E nos últimos anos, com uma sequência de acessos formidável.

Saiu de uma obscura Série D para a Série B no Brasileiro.

Com recorde de público absoluto no País.

Nenhuma equipe brasileira levou tanta gente para o estádio nos últimos anos.

Boa Santinha.

Se os primeiros 100 anos foram assim, imagine os próximos 100.

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