Escancaramos, ontem, a estreita relação comercial entre o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, com os empresários Marcos Malaquias e André Cury (este representante da equipe catalã no Brasil).
http://blogdopaulinho.wordpress.com/2014/01/30/dis-derrubou-sandro-rosell-que-teria-recebido-metade-dos-10-milhoes-de-euros-pagos-ao-pai-de-neymar/
Negócios sendo realizados, entre eles o de Neymar, com informações de que os referidos intermediários depositariam, em suas contas, comissões pagas ocultamente, ao ex-mandatário espanhol.
O Palmeiras, lamentavelmente, parece ter entrado na dança.
Dois jogadores foram repassados ao clube, Keirrison e Henrique, com o intuito de valorizá-los numa equipe grande do Brasil, para que Rosell pudesse justificar as contratações, posteriores, pelo Barcelona.
Atletas, convenhamos, sem nível para vestir a camisa da equipe catalã, e que, segundo o jornal Marca, da Espanha, estão entre as cinco piores contratações da história do clube.
Mas isso pouco importava a Rosell, e sim os comissionamentos oriundos da transação, valorizada pela passagem dos atletas pelo Palmeiras, novamente pagos a seus “parceiros”, Malaquias e Cury, e, como se observa no caso Neymar/Santos, com provável retorno, também, ao bolso de dirigentes palestrinos.
Em janeiro de 2008, o Palmeiras pagou 2,2 milhões de Euros para retirar Henrique do Coritiba, com aval de V(W)anderlei(y) Luxemburgo, utilizando dinheiro emprestado por J.Havilla, que, não por acaso, é parente de André Cury.
O dirigente de futebol palestrino era Gilberto Cipullo.
Seis meses depois, o Barcelona pagou o dobro do valor para adquirir o atleta – exatamente como queria Rosell – 8 milhões de Euros, acrescidos de 2 milhões de Euros de luvas, estas utilizadas também, para beneficiar os envolvidos no negócio.
Anos depois, em junho de 2012, o diretor de futebol do Palmeiras, à época, Roberto Frizzo, anuncia a repatriação do jogador, evitando dizer quanto o clube pagou para fazê-lo.
Fato é que o Barcelona registrou na Federação espanhola nada ter recebido sobre o negócio, mas, de maneira inexplicável, até então, André Cury, parceiro de Rosell, cobra do Verdão R$ 4,5 milhões.
Há quem diga, gente envolvida na transação, que a divisão de valores seria entre o ex-presidente do Barça, Frizzo, Tirone e os intermediários, Malaquias e Cury.
Mas não parou por ai.
Logo depois de fazer a ponte Henrique, Palmeiras e Barcelona, os empresários ligados a Rossel, em janeiro de 2009, colocaram Keirrison, também do Coritiba, no Palmeiras.
No mesmo esquema: empréstimo de 650 mil Euros, de J.Havilla, parente de André Cury.
Assim como na negociação de Henrique, seis meses depois, o Barça pagou inacreditáveis 16 milhões de Euros pelo jogador.
Destes, o Palmeiras, que teria direito a 2 milhões de Euros, nada recebeu.
Uma parte serviu para quitar a pendência com J.Hávilla, outra foi utilizada, de maneira “estranha”, para pagar premiações devidas a V(Wanderlei(y) Luxemburgo.
Dos 14 milhões de Euros restantes, 80% foram pagos a Hávilla, que tinha os direitos sobre o atleta, e 20%, quase 3 milhões de Euros, aos intermediários de Rosell, os agentes Malaquias e Cury.
Negócios inexplicáveis, porém milionários, realizados por pessoas “complicadas” do mundo futebolístico, em que poucos lucraram muito, mas os principais interessados, Palmeiras e Barcelona, quando não usados, saíram no prejuízo.
Nas fotos abaixo, Marcos Malaquias, intermediário de Sandro Rosell, com os jogadores Henrique e Keirrison
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