Após investigar, por conta própria, a negociação que levou Neymar para o Barcelona, o grupo DIS, absolutamente documentado, municiou a oposição do clube catalão, ocasionando a renúncia do presidente Sandro Rosell.
Antes disso, Rosell teria oferecido, por fora, 5 milhões de euros para Delci Sonda desistir de entregá-lo.
Na prática, dos 10 milhões de Euros, recebidos por Neymar pai, explicados de maneira pouco convincente em recente entrevista coletiva, metade foi destinado como “comissionamento” ao ex-presidente do Barcelona.
Participaram do esquema, que lesou muitos bolsos, mas beneficiou outros, além do presidente do Barça, os empresários Marcos Malaquias (na foto, se divertindo com com Rossel) e André Cury, que teriam servido até de “bolsos” para a destinação de alguns recursos não contabilizados, digamos, de maneira transparente.
E Neymar, apesar de mais valioso, e, por razões óbvias – de talento, inclusive – chamar mais a atenção, não foi o único negócio lucrativo dessa gente.
O grupo ganhou dinheiro, também, ao levar para a Catalunha atletas que sequer chegaram a vestir a camisa do Barça, mas renderam polpudas comissões.
Entre os quais, Henrique, negociado recentemente pelo Palmeiras com o Napoli, e Keirrison, o fracasso que todos nós conhecemos.
No caso de Neymar, foi por intermédio da própria DIS – chutada, posteriormente, no negócio – que os empresários Malaquias e André Cury entraram na jogada, já intencionados em realizar uma ponte com Rosell, a quem representavam muito mais do que ao Barcelona.
Com o esquema fechado, Delci Sonda, com Neymar ainda garoto, comprou 40% de seus direitos, que eram do Santos, intermediados, e acompanhados, desde sempre por Rosell, que se utilizava dos agentes citados para não aparecer.
Nessa operação, Neymar recebeu R$ 5 milhões, depositados em sua conta, no Itaú, na agencia 1542.
Wagner Ribeiro recebeu 10%, R$ 500 mil, depositados no banco HSBC, agencia 0405, numa conta em noma da WM Markenting Esportivo.
Pelo contrato assinado entre DIS e Neymar, testemunhado por Nardine Gonçalves Silva Santos e Thiago Ferro, o jogador e seu empresário obrigavam-se a avisar a DIS sobre qualquer proposta de negociação, no prazo máximo de 48 horas.
Porém, a DIS começou a desconfiar que algo havia de errado no momento em que o Santos, inexplicavelmente, aceitou reduzir, sem compensação aparente, o tempo de contrato de Neymar. indicando possível negociação em andamento.
Uma ação que, em tese, desfavorecia o próprio clube, a DIS, mas dava vantagem comercial aos empresários e, também, ao próprio jogador.
Não deu outra.
No final de 2011, antes do Mundial de clubes, o “staff” de Neymar recebeu, à margem do conhecimento não apenas da DIS, e, talvez, do Santos – não de LAOR – a quantia de 10 milhões de Euros, supostamente a título de adiantamento.
Mas, foi exatamente desse dinheiro, que Rosell, Neymar (pai e filho), e os intermediários Malaquias e Cury, segundo informações, se beneficiaram.
Cury e Malaquias receberam, em suas contas, 2,5 milhões de Euros, cada.
Destes, 4 milhões de Euros foram repassados a Rosell, sobrando 1 milhão a ser dividido pela dupla de intermediários.
Neymar pai abocanhou para si, e seu filho, 5 milhões de Euros, destinado 500 mil Euros a Wagner Ribeiro.
Transações facilmente comprováveis com a abertura dos respectivos sigilos bancários, já que, descuidados, ou acreditando na impunidade, utilizaram-se das próprias contas na operação.
Todos esses dados, levantados em investigação da DIS, a que tivemos acesso, foram repassados a policia espanhola, e, depois, expostos em reunião de conselheiros do Barça, quando Rosell foi convidado a se retirar do clube, evitando, assim, a exposição maior do escândalo.
CONFIRA ABAIXO FOTOS QUE COMPROVAM O ESTREITO RELACIONAMENTO DOS INDIVÍDUOS CITADOS NA MATÉRIA
Malaquias, Cury (escondido) e Neymar pai em jatinho para assistir jogo da Seleção em BH
Sandro Rosell, Neymar pai e Malaquias, em Barcelona
Neymar pai, Wagner Ribeiro e Malaquias
Malaquias, Neymar e Wagner Ribeiro
Sandro Rosell, esposa e Malaquias
Malaquias e Neymar pai, felizes, noutro jatinho
Neymar pai e Malaquias, jogando golfe