Materia Odilio Rodrigues

O novo homem forte do Santos, Odilio Rodrigues, disse a alguns jornalistas – daqueles que anotam, não questionam e publicam – que o clube “respeita” a nova legislação da FIFA que prevê negociações de atletas apenas entre clubes, sem a participação de intermediários na aquisição dos direitos, e que, por isso, terá que devolver os R$ 40 milhões investidos pelo “fundo”, apresentado pelo lamentável Renato Duprat, acrescido de juros e correções.

A quem tenta enganar ?

Suas próprias palavras indicam a preocupação de esconder um possível ilícito maquiando uma intermediação – que a FIFA tenta vetar – transformando-a numa ação de empréstimo realizada fora do âmbito bancário, portanto, sem a fiscalização dos órgãos compatíveis, entre eles o Banco Central.

Não só é ilegal, como também, imoral.

Dá margem a participação do clube – por ação ou omissão – dificilmente por desconhecimento, num possível caso de lavagem de dinheiro, evidenciada ainda mais pelo fato do referido fundo não se importar em lucrar com a operação, apenas em corrigi-la monetariamente.

Não seria mais adequado, se a intenção é a de pegar dinheiro emprestado de origem conhecida, e não controversa, solicita-lo em empresas constituídas aqui no Brasil, passando pela pré-fiscalização do Conselho Deliberativo ?

Ou algo precisa, de fato, ser escondido, aliás, como tantos negócios intermediados por Renato Duprat, entre eles, a MSI, no Corinthians ?

Enquanto alguns clubes, como o Palmeiras, tenta estabelecer uma política de gastos condizente com a própria arrecadação, o grupo que comanda o Santos parece ter embarcado no mundo da fantasia – e do dinheiro fácil – seguindo as orientações de um lobo que nem se preocupa mais em se disfarçar de cordeiro, tamanha é sua fama ruim no mundo dos negócios.

Facebook Comments
Advertisements