Em mais uma reunião marcada pelo protecionismo às torcidas “organizadas”, na sede do MP-SP, dirigentes dos quatro clubes grandes de São Paulo, decidiram mudar as coisas, para que elas permaneçam exatamente como estão.
Assinaram um TAC comprometendo-se a identificar, monitorar e separar os representantes dessas facções, dos denominados torcedores comuns.
Exatamente como acontece nos dias atuais, sem nenhuma eficiência, com o agravante dessa gente ficar restrita um determinado setor do estádio, ou seja, facilitando ainda mais a aglomeração, fator principal da “valentia” de muitos deles.
A solução ideal, ao contrário do compromisso assinado pelos clubes, é exatamente separar os marginais, não juntá-los.
Bastaria, para isso, vender ingressos pela internet, com lugares numerados, sem divisão de torcidas e a referida identificação do comprador.
Os dirigentes sabem disso, mas, temerosos, fingem não possuir a inteligência necessária para agir, evitando, com a covardia habitual, conflitar com aqueles que, por vezes, agem até como “seguranças” informais dos referidos gestores.
Em tempo: De maneira vergonhosa, todos clubes, seguindo sugestão do Santos, vetaram mecanismo que impediria repasse de dinheiro às “organizadas”. O seja, aprovaram a promiscuidade.