Reportagem da Revista “Isto É”, dessa semana, destacou que o TCE não apenas avisou o Governo sobre a existência de Cartel nas licitações de transportes em São Paulo, como condenou alguns contratos.

O parecer do conselheiro Roque Citadini, hoje presidente do Tribunal, citado na matéria, é absolutamente esclarecedor, e constrange, mais do que os governantes, o MPSP, que teve acesso às informações e, sabe-se lá por quais razões, arquivou as investigações.

Há pareceres do TCE que indicam, inclusive, o cálculo exato de 17% de superfaturamento, valores que hoje são escancarados na denúncia da SIEMENS.

Impossível ainda saber qual o nível de conhecimento sobre os fatos dos Governadores, mas é certo que o cartel dificilmente teria êxito sem o apoio de gente graúda das gestões.

Agora, após o episódio ser escancarado, o MPSP resolveu reabrir os casos alegando “novos fatos”, porém, a grande verdade é que tudo o que está sendo mostrado atualmente pela imprensa já havia sido escancarado e votado, com julgamento condenatório pelo Tribunal de Contas de São Paulo.

Se não há dúvidas sobre a existência dos carteis, fica agora a incerteza, que precisa realmente ser apurada, dos motivos que levaram o MP, à época, a não levar até o final as investigações e também a necessidade de se apurar, com rigor, até que escalão do Governo tem realmente culpa no cartório.

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