O Santos foi impiedosamente massacrado pelo Barcelona, no Camp Nou, por oito a zero, numa partida digna de pena para os brasileiros.
E poderia ter sido muito mais.
Demonstração clara da triste situação do futebol brasileiro perante os grandes centros do mundo, avacalhado, há anos, por esquemas de empresários, treinadores inescrupulosos e dirigentes bandidos.
O que se viu na primeira etapa foi um dos maiores vexames de uma equipe grande brasileira em todos os tempos.
Não pelo resultado de quatro a zero, que poderia ter sido oito, nove, dez, mas pela extrema submissão de uma equipe lamentável, covarde, contra outra brilhante, que fazia o que queria no gramado.
Muitas foram as oportunidades criadas pelo Barça, em meio a trocas de passes belíssimas e domínio total das ações.
Messi parecia um maestro regendo a orquestra, perante um atônito público de onze jogadores que pareciam ter vontade de aplaudir o espetáculo.
Os gols aconteceram naturalmente, sem o menor esforço.
Aos 7 minutos, Pedro encontrou Messi entrando na área, que driblou Aranha e abriu o marcador.
Quatro minutos depois, Daniel Alves cruzou pela direita, Leo tentou cortar e encobriu o goleiro do Peixe, marcando contra.
O terceiro veio aos 21 minutos, quando Messi serviu para a Alexis Sanches, sozinho, rolar a bola com categoria na saída de Aranha.
Numa das “brincadeiras” ofensivas do Barça, após triangulação pela esquerda, Jordi Alba cruzou rasteiro para Pedro marcar o quarto
E o Barcelona teve dó em ainda em início de temporada, ficou tocando bola, vez por outra, mesmo sem esforço, criando jogadas ofensivas.
Vale lembrar que Neymar nem em campo esteve, aguardando a oportunidade de entrar na equipe, com paciência, no banco de reservas.
No segundo tempo, a duas equipes voltaram com formações absolutamente diferentes, com o Barça mudando sete jogadores, com a saída inclusive dos craques Xavi e Iniesta, mas, enfim, mantendo Neymar e Messi no gramado, na estreia mundial da dupla.
O Santos também mudou bastante, sabedor de que pior do que estava, aparentemente, não poderia ficar.
Mas ficou.
O panorama do jogo se manteve, e Fabregas, logo aos 7 minutos, fez cinco a zero.
Neymar entrou bem e, esperto, utilizava sua habilidade adaptada ao estilo de jogo do Barça, tocando mais a bola do que de costume.
E o Barça, em ritmo de treino, passou a brincar de perder gols.
Aos 16 minutos, o treinador argentino dos espanhóis acabou com a alegria do torcedor retirando Messi de campo, deixando a brincadeira com Neymar para outra oportunidade.
O Santos, quase de joelhos, agradecia.
Porém, aos 22 minutos, Neymar fez boa jogada pela esquerda e rolou para Fabregas, de primeira, fazer o sexto.
Fabregas que quase fez outro, três minutos depois, em belíssima batida de falta na trave esquerda do Peixe.
Adriano, impiedoso, fez o sétimo gol numa batida magnífica de fora da área.
Dava pena.
E ainda faltavam quinze minutos.
33 miuntos do segundo tempo e o Santos, finalmente, criou uma jogada, quando Leo Citadini bateu falta na cabeça de Cicero, mas o goleiro espanhol defendeu bem.
Quatro minutos depois, o Barça castigou a ousadia, com Fabregas roalndo pela esquerda para Dongou fazer o oitavo.
Pecado, aos 43 minutos, quando Neymar recebeu livre na esquerda e bateu no travessão.
Ao final da partida, além da evidente diferença entre as equipes, ficou o maior vexame da história de um clube que, no passado, com a geração de Pelé, parava guerras e deixava rainhas de joelho quando se apresentava no exterior.