Por MATHEUS CONCEIÇÃO DOS SANTOS*

Não estou acostumado a ter esse sentimento de agora. Acredito que nenhum são-paulino esteja.

Após mais uma derrota no Morumbi, sento e analiso com muito pesar o que se tornou o aclamado gigante: liderado pela figura de seu caricato presidente, fez-se morto-vivo que a ninguém mais mete medo, não importa onde jogue e qual torneio dispute.

Eliminado por quase todos os clubes imagináveis nos últimos anos.

De Avaí a Corinthians, passando por três eliminações seguidas pelo Santos no Paulistão, além das humilhantes derrotas para o Atlético na Libertadores última.

Pelas minhas contas 19 eliminações seguidas em mata-matas e uma única conquista.

Que, fosse de outro clube, seria motivo de chacota pelo pouco valor que possui.

Nosso orgulho foi pisado passo-a-passo.

Perdemos o Morumbi na Copa, por pura arrogância do ditador.

Perdemos o padrão de clube exemplo e passamos a adotar o gerenciamento de nossos rivais nas piores épocas.

Nosso marketing é um fracasso: em vez de títulos, fazemos hoje mídia com a pintura vermelha das cadeiras do Morumbi.

Vimos nosso maior rival conquistar a América e o Mundo, se estruturando e nos superando em tudo.

Vivemos de nos orgulhar das vendas dos nossos meninos.

E de não sabermos o que é feito com o dinheiro.

Assistimos, calados, a uma ditadura.

Os comandantes colocam suas vaidades e vontades à frente da grandeza do São Paulo.

Jogadores que não possuem o mínimo sentimento pelo clube, salvo raras exceções.

Nem no Morumbi, nossa maior arma, somos respeitados.

E sabe o que é mais engraçado?

Nós rimos quando Ronaldo usou a camisa afirmando que não vivia de títulos, vivia de Corinthians.

Hoje, amigos tricolores, vivemos de nossa paixão.

E apenas dela.

Não temos do que nos orgulhar.

Não se esqueçam das semelhanças: Dualib, Mustafá, Eurico e Juvenal.

Todos eles centralizaram o poder. Todos se achavam acima do bem e do mal. Todos conduziram seus clubes à série B.

Se a diretoria tivesse um arrepio de sensatez, cancelava com urgência a participação do São Paulo na Copa Audi.

Já imaginaram São Paulo x Bayern?

Seus diretores pós-2005 o fizeram acreditar que era o Soberano do futebol brasileiro.

A soberba e a falta de humildade fazem lembrar a saga de Anderson Silva e sua derrota derradeira.  Talvez até o lutador tenha tido mais hombridade, vez que não fugiu após a derrota, como certos “diretores” tricolores.

O ex-campeão do mundo está na lona, no firme chão de um grande poço. Só espero, de coração, que o fundo não seja falso.”

Desde já, fico grato tão somente pela leitura. Se meu lamento for compartilhado por uma pessoa que seja, já estarei feliz. Juvenal está destruindo o São Paulo.

Abração, Paulinho!

*Matheus Conceição dos Santos, segundo o próprio, é torcedor apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube

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