Por JOSE RENATO SATIRO SANTIAGO
Um dos maiores ídolos da história do São Paulo, Rogério Ceni terá, para sempre, uma posição de destaque no tricolor.
Jogador com maior atuação no clube.
Maior goleiro artilheiro de todos os tempos.
Um símbolo aos torcedores de sua equipe.
Após mais de 20 anos no São Paulo, o fim de sua carreira ao final do ano, trará prejuízos a equipe do Morumbi.
Para os torcedores, a ausência de seu ídolo maior, atual, dos campos será uma tristeza.
Mas a maior perda será no elenco.
O papel de Rogério é muito maior que a de um simples jogador.
Sua liderança junto aos demais atletas é clara.
Difícil imaginar alguém na equipe que possa passar, por mais longe que seja, deste papel.
Aí nota-se um grande equívoco do clube.
O fim da carreira do ídolo tricolor era mais que previsível.
O clube parece não ter se preocupado com isso.
Não apenas no atual elenco, mas se fizermos um rápido levantamento junto aos últimos jogadores formados na base tricolor, não conseguimos achar traços de líder em nenhum deles.
Por mais que a base tricolor tenha revelado grandes e promissores jogadores, líderes não apareceram.
Estranho que um clube reconhecido por tantas iniciativas voltadas para a formação de novos talentos não tenha conseguido isso.
Talvez uma questão de safra?
Não, certamente não.
Difícil imaginar que nos últimos anos não tenha surgido ninguém.
Ao longo de tantos anos, apenas Rogério?
Características de um bom líder nem sempre estão presentes em qualquer pessoa.
Mas é inegável que podem ser desenvolvidas.
Além disso, o profissionalismo tão propagado no futebol torna mais que necessário que esta preocupação esteja presente.
A notícia ruim é que o tempo é curto, e 2014, sem Rogério, já está ai.
A falta de líderes reconhecidos no elenco será prejudicial a equipe.
Por outro lado, ainda há chances de minimizar isso.
É critico que os dirigentes tricolores já estejam considerando a contratação de um jogador com estas características para os próximos anos.
Não há tempo para muitos testes.
O “tiro” terá que ser certeiro.
Em paralelo, cabe considerar, a formação de lideres ao longo prazo.
Mais que estratégica, é uma demanda critica no futebol.