Muito maior do que o desejo de saber quem, de fato, matou o garoto boliviano de apenas 14 anos, ou de liberar os jogos do Corinthians para a presença de torcedores, é o desespero das diretorias de Corinthians e Gaviões da Fiel em soltar um dos 12 presos na Bolívia.
Trata-se de Tadeu Macedo Andrade, 30 anos, diretor financeiro dos Gaviões da Fiel, e nome mais cotado para ser o novo presidente.
Tadeu é um arquivo vivo de todas as transações envolvendo o clube e a “organizada”.
Nem sempre contabilizadas, mas, certamente, presenciadas pelo torcedor.
Desde a farta distribuição de ingressos, passagens e estadias, até os auxílios financeiros em momentos “difíceis” de seus dirigentes com a polícia e o judiciário.
Se Tadeu não estivesse entre os detidos, certamente todos já estariam abandonados, a grande maioria sem importância para as partes citadas.
Nem mesmo Hugo Nonato, principal suspeito de ter atirado o sinalizador, receberia tamanho empenho na tentativa de soltura, que envolve até menores de idade discursando e a presença atuante do Itamaraty.
Certo é que se Tadeu resolver contar o que sabe, muitas casas serão demolidas, no Parque São Jorge, no Bom Retiro e até em alguns presídios da capital paulista.