Numa partida de nível abaixo da tradição desse grande clássico, a Seleção Brasileira sagrou-se “campeã” do denominado “Super Clássico das Américas”, após perder no tempo normal para o catadão argentino, por dois a um, e vencer na cobrança de penalidades.
Certamente um título que não deve afetar o preço do dólar, logo mais.
O jogo, em si, foi horroroso.
No primeiro tempo, o Brasil ficou mais tempo com a bola, mas criou pouco, enquanto os argentinos, sem muita força, tentavam o contra-ataque.
Aos 24 minutos tivemos o primeiro lance digno de destaque, quando Sebá cruzou pela direita e Martinez, de primeira, mandou à direita do gol.
Paulinho respondeu, aos 28 minutos, em batida da entrada da área, bem defendida pelo arqueiro argentino.
Um minuto depois, para acordar o torcedor que já dormia no Bombonera, Sebá viu Cavallieri adiantado e, antes do meio campo, bateu falta por cobertura, mas a bola passou por cima da meta.
O melhor lance do Brasil, talvez o único com perigo real, aconteceu aos 32 minutos, quando Neymar recebeu de Arouca dentro da área e tentou encobrir o goleiro, mas pegou embaixo demais na bola.
No segundo tempo, após 35 minutos de um futebol horroroso, Martinez foi atingido por Jean fora da área, se jogou e a arbitragem marcou pênalti.
Um minuto depois, Scocco abriu o marcador.
Por sorte, após um bate-rebate na zaga argentina, Jean arriscou na entrada da área, a bola iria para fora, mas Fred, oportunista, empatou.
Quando tudo indicava que teríamos um resultado de empate, Martinez roubou a bola no meio de campo, lançou Montillo, que brigou com a zaga brasileira e rolou para Scocco definir a partida.
Com o placar igual ao do primeiro jogo do Brasil, porém desta vez favorável aos argentinos, vieram as penalidades.
E o Brasil bateu melhor, vencendo por quatro a três.
Destaque para Cavallieri que defendeu uma das penalidades, do corinthiano Martinez, a outra foi por cima, de Montillo, e para os que converteram pela Seleção Brasileira, Thiago Neves, Jean, Fred e Neymar.