Numa partida em que a Seleção Brasileira se portou bem ofensivamente, mas de maneira preocupante no setor defensivo, quem fez a diferença foi o melhor jogador do mundo, Lionel Messi, autor de três dos quatro gols argentinos na vitória por quatro a três.
O Brasil começou marcando pressão, da mesma maneira que em partidas anteriores, com Neymar posicionado no meio, confundindo a cabeça da Argentina.
Foi dele as duas primeiras batidas em gol da Seleção, com a bola passando longe da meta adversária.
A primeira jogada real de perigo aconteceu aos 15 minutos quando Oscar lançou Hulk na esquerda, mas o goleiro defendeu bem.
O Brasil dominava as ações quando Neymar bateu falta para Romulo, dentro da área, abrir o marcador.
Aos 30 e 31 minutos tivemos dois lances polêmicos em cima de Neymar, em que penalidades foram reclamadas, mas o árbitro nada marcou.
No primeiro, tudo indica ter realmente sido derrubado, mas no segundo, após sofrer tranco normal Neymar tropeçou no gramado e caiu.
Aos 32 minutos, Gago lançou Messi, que ganhou na corrida dos fracos zagueiros brasileiros e bateu na saída de Rafael para empatar.
O Brasil sentiu o gol e, daí por diante, a Argentina passou a equilibrar a partida, chegando até a dominar as ações em certo período.
Três minutos depois, o melhor do mundo foi novamente lançado, fintou Rafael e fez um belo gol de desempate.
Hulk quase empata aos 36, quando Neymar o deixou na cara do gol, mas o goleiro fez grande defesa com o pé.
E veio a segunda etapa, que foi iniciada bem mais equilibrada do que a primeira, com ambas as equipes buscando o ataque.
Aos 5 minutos, Hulk fez ótima jogada pela esquerda, entrou na área e bateu por cima, perto do gol.
Di Maria respondeu um minuto depois, escapando nas costas de Marcelo, mas Rafael, atento, defendeu.
A defesa do Brasil, uma mãe, bobeou novamente nos minutos seguintes e Higuain quase marca em duas oportunidades.
O empate brasileiro surgiu dos pés do ótimo Oscar, que tabelou com Leandro Damião e concluiu na saída de Romero.
E o Brasil foi para frente, conseguindo a virada aos 26 minutos, com Hulk, de primeira, aproveitando-se de falha do goleiro em batida de escanteio de Neymar.
Quatro minutos depois, novamente sem marcação, o zagueiro argentino Fernandes empatou a partida, de cabeça, após escanteio da esquerda.
Jogo aberto, bonito de assistir e que poderia ser decidido, tudo indicava, pelos craques em campo, Messi e Neymar.
O santista teve sua oportunidade aos 35 minutos, quando fintou o goleiro e Fernandes salvou a bola que tinha endereço certo.
Quatro minutos depois foi a vez de Messi, que não perdoou.
O argentino arrancou da intermediária, cortou para dentro e colocou a bola no ângulo direito de Rafael.
Um gol extraordinário.
E que decidiu uma bela partida de futebol, disputada por uma Argentina ainda dependente de seu principal craque, e uma Seleção Brasileira que precisa, não apenas encontrar um centro-avante titular, mas também de uma dupla de zaga compatível, para ter, então, chance de ouro em Londres.
Ah ! Aos 46 minutos, Marcelo e Lavese, infantis, trocaram sopapos e foram expulsos.
Sorte do brasileiro que seus concorrentes à posição são, de fato, muito fraquinhos, senão…