Excetuando-se raríssimos casos, a cada entrevista concedida por jogadores ou ex-jogadores percebemos o quanto estes devem ser agradecidos aos ingleses pela invenção do futebol.
Se a bola não existisse, poucos teriam futuro em profissões que tivessem a utilização do cérebro como meio primordial para alcançar o sustento.
Observem o caso, por exemplo, do genial garoto Neymar, do Santos.
Dentro de campo, inquestionável.
Fora dele, após uma desastrosa entrevista ao Estadão, blindado que foi por sua família e assessores, parecia ter amadurecido.
Ledo engano.
Ontem, nos camarotes da Sapucaí, questionado sobre a possível queda de Ricardo Teixeira, respondeu: “Eu acho que ele é um excelente presidente. Ele sempre me tratou muito bem.”
Pois é.
Além de nunca ter conhecido outro mandatário na entidade, nem, provavelmente ter estudado sobre os anteriores, a “opinião” de Neymar sobre Teixeira tem como base “tê-lo tratado bem”.
Realmente muito profundo.
Mas, pior ainda, aconteceu com o agora comentarista da BAND, o ex-atleta Edmundo.
“Adoro o Ricardo Teixeira..Ele transformou a CBF numa potência. Quando você lida com uma coisa tão grande, faz coisas boas e ruins. E as pessoas estão vendo só as coisas ruins.”, declarou ao responder os mesmos questionamentos.
Paulo Maluf, que fez mas roubou e Adolf Hitler, que liquidou com a dívida da Alemanha, e também com milhões de seres humanos, aplaudiriam.
Não é a toa que os tiranos do esporte deitam e rolam num mundo em que os maiores prejudicados, como focas, aplaudem a um espetáculo que nem ao menos possuem capacidade de entender.
O Tonto,o Santos é subordinado da CBF,logo……..(ou quer que desenhe?)
Infelizmente nosso esporte vive na mão de ditadores.
TODAS as modalidades são conduzidas por tais.
Só me estranha o fato da imprensa bater tanto no ditador Ricardo Teixeira, com toda razão diga-se de passagem, e esquecer por exemplo de Ary Graça Filho, há mais de 14 (QUATORZE) anos, como presidente da CBV.
Independente dos resultados ambos são ditadores e não deveriam estar ocupando seus cargos. Mas infelizmente para a imprensa em geral vale o velho ditado, para meus amigos nada, para meus inimigos a lei.
http://blogdojuca.uol.com.br/2012/02/a-historia-de-uma-marmelada-documentada/
Em 1968, o Palmeiras corria o risco de ser rebaixado no Campeonato Paulista caso perdesse o jogo contra o Guarani, em seu penúltimo jogo pelo estadual.
O alviverde da capital tinha priorizado a disputa da Libertadores e acabou tendo de jogar uma série de partidas seguidas, anteriormente adiadas no estadual.
Foi então que o Guarani escalou um time reserva e com um jogador em situação irregular, de maneira tal que se o time campineiro vencesse o paulistano poderia buscar na justiça esportiva os pontos perdidos.
Nem foi necessário porque o 1 a 1 , no Brinco de Ouro, no dia 29 de junho de 1968, um sábado à tarde, garantiu o Palmeiras na divisão de cima.
A história era conhecida, mas que havia sido garantida por documentos é a novidade que a revista comemorativa do centenário do Comercial de Ribeirão Preto, editada pelo jornalista Luiz Eduardo Arruda Rebouças, revela, como se pode constatar abaixo.
E com registro em cartório!
O Guarani prometeu, e cumpriu, não escalar nenhum titular e, de quebra, ainda fez entrar durante a partida o jogador amador Flamarion, ultrapassando o limite de dois amadores por jogo.
Em compensação, o Palmeiras cedeu, por empréstimo, um jogador de graça ao Bugre.
Jogador que, em seguida, o Palmeiras vendeu ao XV de Piracicaba, razão pela qual depositou 50 mil cruzeiros na conta do Guarani.
Eram outros tempos, ingênuos até.
As mutretas eram feitas mais com a finalidade de garantir o sucesso esportivo do que em enriquecer cartolas e seus satélites.
E, para que não houvesse dúvida, até registrar em cartório se registrava…
Mas o que o Comercial tem a ver com isso, você há de estar se perguntando.
Pois foi com esses documentos, comprovando marmelada no campeonato de 1968, que o Comercial conseguiu anular sua queda para a segunda divisão em 1969, causando ainda a suspensão do descenso em São Paulo nos anos seguintes.