Por JUCA KFOURI

http://blogdojuca.blog.uol.com.br/

Jogo quentíssimo no Mineirão.

Antes do 15o. minuto, 1 a 1, com dois pênaltis não marcados para o Cruzeiro.

É verdade que o primeiro, de Wendel num leve puxão do calção de Kléber, aos 6, nem fez falta, porque, em seguida, aos 7, Tiago Ribeiro fez 1 a 0, ao pegar a defesa palmeirense toda aberta.

Só que, também em seguida, aos 9, Diego Souza bateu falta com muito efeito e o goleiro Fábio aceitou, no meio do gol.

Foi aí que, já aos 15, Jumar derrubou claramente Fabrício na área e o árbitro ignorou.

O Cruzeiro pressionava, criava mais, mas sofria com a armação de seguidos contra-ataques alviverdes.

O jogo era bom, muito bom e não parava um segundo.

E o Cruzeiro parecia mais perto do segundo gol, para assumir a liderança do segundo turno.

Diego Renan teve duas chances de ouro nos últimos minutos do primeiro tempo, mas desperdiçou.

Marcão era uma avenida aberta no Mineirão.

E o 1 a 1 final da etapa inicial não fazia justiça ao time mineiro.

Muricy Ramalho se deu conta de que sua defesa estava um queijo e tirou Robert da frente para botar Maurício atrás e jogar com três zagueiros no segundo tempo.

Aos 4, Diego Renan errou no ataque cruzeirense, Cleiton Xavier saiu com a bola e enfiou com precisão para Vágner Love sair da altura do circulo do meio de campo, deu um drible no goleiro Fábio já na área celeste e fez um belo gol: 2 a 1.

Aos 7, machucado, Fabrício saiu e entrou Jonathan.

Que sofreu falta do colombiano Armero em seu primeiro lance, causando a expulsão do palmeirense.

Adilson Batista logo tirou Elicarlos e pôs o equatoriano Guerrón.

O Cruzeiro era só ataque.

Wendel se machucou, teve de sair, e foi substituído pelo chileno Figueroa.

E Kléber não jogava mal, mas não jogava bem, discreto como não é de seu feitio.

Aos 25 minutos, aliás, ao perder uma dividida, ele foi vaiado.

Trinta segundos depois, ele entrou pela direita com a bola dominada, chutou forte, Marcos desviou e a bola foi à trave.

Em seguida, Leonardo cabeceou livre, no chão e a bola, por capricho, não entrou.

O Cruzeiro merecia o empate, mas, em vez dele, caiu foi um temporal em BH.

Vágner Love saiu e entrou Willians.

Kléber também saiu, vaiadíssimo pela torcida azul, mas aplaudido pela verde, e Wellington Paulista entrou.

A defesa palmeirense resistia bravamente, com uma abnegação digna de nota.

E o Cruzeiro começou a se desesperar, cada jogador querendo resolver sozinho, chutando de qualquer jeito e de qualquer lugar.

Voltar de Minas com três pontos era tudo que os paulistas queriam, para ficarem mais confortáveis na liderança, com esses mesmos três pontos à frente do vice-líder.

Por sorte?

Talvez.

Mas com sorte de campeão.

E cada vez mais com a cara de Muricy Ramalho.

Facebook Comments