Rompimento de Tuma com grupo de Stabile era pedra cantada no Corinthians

Romeu Tuma Junior, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, não integra mais o grupo de situação, liderado por Osmar Stabile — com apoio da Renovação e Transparência — que venceu as últimas eleições alvinegras.
O afastamento já era esperado em Parque São Jorge.
Durante os dois meses de gestão interina, que recebeu de presente de Tuma, Stabile obedeceu caninamente ao então aliado.
No entanto, assim que assumiu a presidência de forma definitiva, passou a contrariá-lo.
Surpreende, até aqui, a postura de Fran Papaiordanou, histórico aliado do ex-delegado, que decidiu permanecer ao lado do atual presidente.
Não à toa, Tuma também se desligou do União dos Vitalícios, comandado pelo citado conselheiro.
Resta saber como ficará, a partir de agora, o acordo eleitoral de não importunação aos ex-presidentes.
Por enquanto, Osmar tem cumprido o prometido.
Ontem, a até então inerte Comissão de Justiça — controlada por Tuma — decidiu investigar gastos de Andrés Sanchez, sem, contudo, tocar em Duílio “do Bingo”; o irmão, Adriano Monteiro Alves, integra uma das comissões do Conselho.
Movimento que sugere retaliação.
Stabile, por sua vez, ignorou recomendações da presidência do Conselho e infestou sua diretoria com apadrinhados de Andrés Sanchez, Paulo Garcia e do Centrão.
Na condição de opositor — ainda que não declarado —, Tuma Junior deverá incomodar a administração, mirando, como já se percebia, uma possível candidatura presidencial em 2026.
Salvo improvável armistício, não haverá paz em Parque São Jorge.
