Luis Castro, a quem a torcida queria ver pelas costas após a perda do Campeonato Carioca, fez do mediano elenco do Botafogo um time respeitável, bem armado, com chance de conquistar o Brasileirão.
A vaga na Libertadores, arriscaria, está garantida.
Antes do final do primeiro turno, porém, uma proposta profissional, que o tornará o décimo treinador mais bem pago do planeta, o retirou do clube carioca.
Era impossível, dentro da responsabilidade exigida de gestores, que o Botafogo conseguisse segurá-lo.
Quem, no lugar de Castro, recusaria, de maneira lícita – como é o caso, abrir mão de tanto dinheiro para permanecer num ambiente cultural de degola do treinador à primeira má-fase?
É razoável que os torcedores, preocupados, sintam alguma tristeza, mas somente os tolos e hipócritas estão utilizando o tempo para ofender o profissional e a diretoria.