A Justiça de São Paulo decidiu que, assim que notificada, a WTorre terá que pagar os R$ 128 milhões devidos ao Palmeiras.
Trata-se de valor incontroverso, ou seja, do qual inexiste dúvida.
Não se encaixa no que está sendo discutido em arbitragem, que poderá assistir razão, mediante análise, a qualquer das partes.
Neste caso, se perder, a WTorre terá que pagar ainda mais dinheiro ao clube; se vencer, caberá ao Palmeiras ressarcí-la.
Leila Pereira, ainda que por motivações outras – há quem diga que teria interesse em introduzir outra gestora do estádio -, tem razão em todas as afirmações, até o momento, que fez sobre a parceria com a construtora.
Mas poderia avançar ainda mais.
O clube tem direito de saber, através de prestação de contas, quanto a WTORRE deve aos bancos sobre os empréstimos concedidos para viabilização das obras da Arena.
Ao final, se houver calote, o Palmeiras será apontado como solidário.
E está ocorrendo, há anos, o descumprimento dos pagamentos.
A WTorre ergueu o estádio sem colocar dinheiro do caixa, apenas com aportes bancários que, ao longo deste período, tem renovado, com juros sobre juros, por ausência de caixa para quitação.
O Palmeiras tem que agir antes que a bomba estoure em seu colo.
Esta situação acaba por gerar estranheza nas movimentações da construtora com o Santos, sugerindo que o dinheiro embolsado indevidamente do Palmeiras poderia servir de base para a operação prometida ao rival.