Edir Macedo, que, na opinião deste jornalista, segue entre os piores brasileiros de todos os tempos, pouco atrás de Jair Bolsonaro, conhece bem a prisão.
Antes de fundar a seita IURD, frequentava delegacias, obviamente, não na condição de policial.
Após o ‘sucesso’, foi detido somente numa oportunidade, acusado pelos crimes aos quais, sabemos, segue impune.
Nessa condição confortável, proporcionada, tudo indica, pela corrupção de todos os setores que dizem investigá-lo, Macedo tornou a achacar, em discurso tratado como pregação:
“Você, minha amiga, você, meu amigo, senhor, senhora, pessoas que têm bens, que têm propriedades, que têm riquezas: ora, preste atenção, se você quer fazer algo que agrade a Deus, que vai beneficiar outras pessoas, antes de você morrer, antes de você passar para a eternidade, deixa o que você tem para a igreja envolver o trabalho, ou melhor, estimular ou avançar com o trabalho de evangelização com esse ministério, com essa missão de levar o evangelho a todas as criaturas”
As vítimas, em grande parte pobres, desesperados e desfavorecidos intelectuais, aplaudiram e berraram ‘aleluia’.
Percebe-se que Macedo agora não se limita a embolsar apenas o dízimo do mês, mas trata de garantir a infelicidade futura dos parentes de quem engana.
Maldade em definição pura.
Haverá de existir, algum dia, promotor ou policial que, ao receber a ‘oferta’, pense em quantos estão sendo prejudicados, ainda que precise enfrentar – e a luta é dura – todo um sistema de vantagens que deve premiar, inclusive, gente importante vestida de toga.
Quando os bilionários americanos fazem isso, ninguém fala nada.