Ontem (05), o galinho Zico conversou, através de um telão no auditório do Museu do Futebol, com os jornalistas Celso Unzelte e Gustavo Longhi de Carvalho, que lançavam o ótimo livro ’82: uma Copa para sempre’.
Em determinado momento, abriu-se espaço para questionamentos do público.
A palavra foi concedida a Carlos Caboclo, conselheiro do São Paulo, pai de Rogério Caboclo, ex-presidente da CBF, que, fora do tema, relembrou encontro com Zico, no Japão, em que propôs sua contratação ao Tricolor.
Zico, segundo o cartola, teria negado a oferta porque estava encerrando a carreira.
Caboclo ofereceu-lhe, então, que jogasse aos finais de semana, somente em partidas disputadas no Morumbi.
O Galinho recusou.
Décadas depois, aparentando incômodo com o assunto, mas, ainda assim, educado e respeitoso, Zico confirmou a conversa, a ausência de condições físicas para seguir a carreira, deixando, porém, o que o blog considerou um ‘tapa de pelica’ no ar:
“Nunca gostei de ter privilégios”
Uma aula de princípios, resumida numa frase, que o ex-cartola do São Paulo digeriu em silêncio, sem dar pinta de aluno.